O Flamengo fez um ótimo primeiro tempo em Porto Alegre, mas voltou a sofrer do problema crônico de não ser efetivo. Em português claro, o time continua com uma dificuldade grande de matar jogos. Teve a faca e o queijo na mão para abrir 2 a 0 aos 30 minutos do segundo tempo, mas não o fez. Filipe Luís também tem sua parcela de culpa por terminar a partida com apenas duas substituições realizadas, em especial por ter deixado Gerson em campo durante todo o segundo tempo quando dava claros sinais de grande desgaste. Por outro lado, merece elogio pela formação escolhida, já que o Flamengo foi competitivo e melhor enquanto esteve em igualdade de condições físicas.
Foi um ótimo primeiro tempo, com as duas equipes buscando o gol adversário. O Inter forçava pelos lados com Wesley e Bruno Tabata, enquanto o Flamengo tinha o meio-campo como sua principal força. Léo Ortiz começou cometendo erro grosseiro aos 10 segundos de jogo, que quase terminou em gol de Borré, mas Varela limpou sua barra com corte providencial em cima da linha. Depois disso, ele cresceria muito e participaria ativamente da construção. Pulgar, Alcaraz, Gerson tratava muito bem a bola e levavam o Flamengo para frente, enquanto Evertton Araújo era o melhor no combate e também não se enrolava nos passes laterais. Ele, aliás, conseguiu ótimo cruzamento para Bruno Henrique antecipar e cabecear com perigo.
No primeiro tempo, o Flamengo foi superior em finalizações (9 a 5) e posse de bola (54%). Varela, que tomou um cartão amarelo prematuramente, foi o destaque defensivo.
O Flamengo voltou do intervalo já com uma grande oportunidade do intervalo, criada por Evertton Araújo, que deixou Bruno Henrique na cara do gol, aos quatro minutos. O time foi se perdendo no aspecto físico e, consequentemente, passou a errar mais tecnicamente. O Internacional começou a chegar mais, passou a dominar a posse de bola e a empurrar o Flamengo para o seu campo de defesa. Apesar do crescimento do Inter, o Flamengo ainda chegava. Gerson, mesmo já dando sinais de cansaço, protagonizou linda jogada em que preferiu o chute ao passe e acabou estourando a bola em cima da defesa.
Conforme o Flamengo cansava, em especial Gerson, o craque do time, o Inter chegava. Mas o meio-campo e os zagueiros vinham dando conta. Os volantes Pulgar e Evertton continuavam bem, e Varela, com muita garra, cobria erros técnicos com carrinhos e bom posicionamento.
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