Quando o árbitro Rafael Klein apitou o fim de jogo no Maracanã, Léo Ortiz se agachou no gramado. Enquanto a torcida do Flamengo comemorava a grande atuação e a vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, no jogo de ida da final da Copa do Brasil, o zagueiro ainda lamentava a sua falha individual que resultou no gol de Alan Kardec e impediu uma vantagem ainda maior para a partida de volta. Ele estava visivelmente abatido. Mas internamente o Flamengo agiu rápido para abraçá-lo e ele não deixar a "peteca cair". Vice-presidente de futebol rubro-negro, Marcos Braz entrou no gramado ao final do jogo e foi em direção ao zagueiro para levantá-lo. Em seguida, foi a vez de companheiros de time se aproximarem para passar confiança (veja no vídeo acima) . Um dos mais experientes do elenco, David Luiz saiu de campo abraçado a Ortiz e conversando ao pé do ouvido.
Os gestos se repetiram no vestiário. Antes da roda de oração e últimas palavras, Ortiz estava mais quieto que o habitual após a partida. Mas jogadores e membros da comissão técnica procuraram confortá-lo e reforçaram a confiança nele para o segundo jogo da final. Na saída do Maracanã, o zagueiro já estava mais sorridente ao deixar o estádio com a família.
- Normal que um jogador fique abatido com o que aconteceu, mas ele tem que ficar tranquilo porque fez um grande jogo. Tem que ficar com o que fez de bem, isso eu aprendi do tênis. Você tem que se perdoar, esquecer o que aconteceu. Foi uma fatalidade, ele tentou tirar a bola e acabou prendendo ela no pé. Acabou que isso resultou em um gol do Atlético-MG. Mas repito o que falei do Evertton (Araújo) lá em Porto Alegre - disse Filipe Luís, que completou:
- Os erros acontecem, às vezes eles são punidos. Mas existem outros que não saíram em gol, como a jogada do Plata no primeiro tempo. Aí, a gente estaria agora crucificando o Plata. Eu não me guio muito por isso, me guio pelo que o jogador fez durante 90 minutos e não uma ação. A mesma tranquilidade que passei para o Evertton, já passei para ele (Léo). Acontece. Não queremos que se repita, é bom que ele fique assim e se cobre. Mas que ele se perdoe. Até a falha, Léo Ortiz fazia uma partida quase perfeita ao lado de seu xará Léo Pereira. E quatro minutos depois do gol do Atlético-MG, o zagueiro voltou a aparecer de forma decisiva, desta vez para salvar: Alan Kardec deu um passe de calcanhar e deixou Paulinho cara a cara com Rossi, mas na hora em que ele iria finalizar Ortiz chegou fazendo um corte providencial (veja na imagem acima) .
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