Desde sua chegada ao Flamengo em 2023, o goleiro Agustín Rossi tem buscado adquirir a cidadania brasileira, o que possibilitaria a extensão de seu contrato com o clube. Essa situação levanta uma questão interessante: se Rossi se naturalizar, ele poderá representar o Brasil em competições internacionais?
O cenário se torna mais complexo quando consideramos as regras da FIFA sobre mudança de nacionalidade. Em 2020, a entidade relaxou algumas diretrizes, permitindo que atletas defendessem seleções diferentes daquela de origem, desde que atendam a determinados critérios. Um jogador pode representar outro país se, antes de completar 21 anos, ele participou de no máximo três partidas oficiais pela seleção principal, e não tiver jogado em Copas do Mundo.
No caso de Rossi, ele participou de uma partida oficial pela Argentina, mas não entrou em campo. Isso ocorreu em um jogo contra a Bolívia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, em setembro de 2021, quando tinha 26 anos. É importante esclarecer que, segundo a regra da FIFA, para um atleta ser considerado como 'participante' de uma partida, ele deve ter estado em campo, nem que seja por um breve período, como titular ou substituto. Portanto, como Rossi não atuou nesse jogo, tecnicamente ele não 'participou' dele.
Dessa forma, caso Rossi obtenha a cidadania brasileira, ele estaria apto a defender a Seleção Brasileira, caso seja convocado. Essa nova fase na carreira do goleiro demonstra o quão dinâmica e cheia de nuances é a relação entre atletas, clubes e seleções nacionais, especialmente em tempos em que a mobilidade e as trocas de nacionalidade estão mais comuns.




Comentários do Facebook -