O Palmeiras decidiu acionar o Flamengo na Justiça devido ao bloqueio que o clube carioca conseguiu sobre os repasses de uma parte dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Essa quantia seria destinada aos integrantes da Libra, que conta com 16 clubes. A informação foi inicialmente divulgada pelo site 'GE' e confirmada pela reportagem do Lance! com o clube paulista.

Recentemente, o Flamengo impetrou uma ação judicial e obteve uma liminar do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que impediu o repasse de R$ 77 milhões relacionados à porcentagem dos lucros com o pay-per-view. Este valor era esperado por clubes como Palmeiras, Bragantino, São Paulo, Santos, Atlético Mineiro, Bahia, Grêmio, entre outros.

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, afirmou que o clube buscará na Justiça uma indenização pelos danos causados pela atitude considerada individualista e predatória do Flamengo, que estaria prejudicando o Palmeiras e os demais clubes da Libra. Ela destacou que os advogados já estão analisando a situação e que o Palmeiras não aceitará a pressão da equipe carioca.

No sábado, o Palmeiras emitiu um comunicado oficial manifestando seu repúdio à conduta do Flamengo, que também foi criticada por São Paulo e Santos. O clube alviverde classificou a atitude do Flamengo como contraditória e prepotente, enfatizando que a quantia disputada seria benéfica para todos os clubes, incluindo o Flamengo, e vital para o crescimento do futebol brasileiro.

A nota ainda relembrou que o Flamengo se negou a assinar um manifesto da Libra, no qual se exigiam ações contra o racismo nos campos sul-americanos. Por outro lado, a administração atual do Flamengo afirma ter sido prejudicada por um acordo firmado pelo ex-presidente Rodolfo Landim, que está em vigor até 2029, e questiona as regras de divisão do montante baseado em audiências.

A Libra emitiu uma nota repudiando a ação judicial do Flamengo, descrevendo-a como uma decisão unilateral que desarmoniza o grupo. O comunicado destacou que essa medida representa uma postura que favorece interesses individuais de curto prazo em detrimento dos clubes que dependem desse recurso financeiro para suas operações, pagamentos e salários.