Camisa 10 em seu primeiro dia no clube: "Estou em casa" (Foto: Reprodução/Instagram)

Após 10 anos defendendo as cores do Flamengo, Léo Moura terá uma nova sensação neste sábado, quando faz sua estreia oficial pelo Fort Lauderdale Strikers, contra o NY Cosmos, pela rodada de abertura da North American Soccer League (NASL) - o SporTV transmite a partida ao vivo e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real às 20h30 (de Brasília). Prestes a fazer seu primeiro jogo oficial desde a despedida do clube carioca, o ídolo rubro-negro ainda recebe o carinho dos flamenguistas pelas redes sociais e curte um momento inusitado aos 36 anos: sentir-se novamente como no começo da carreira.

- Gera um pouco de ansiedade, estar em um novo time depois de 10 anos no Flamengo. Dá frio na barriga, ansiedade. Ainda sinto isso tudo, e quando não sentir mais é melhor parar. Está parecendo que é o meu primeiro jogo como profissional. Acho que o estádio estará cheio e será muito legal. Os torcedores do Flamengo tem deixado mensagens para mim, e os brasileiros em geral têm me passado muita força - disse ao GloboEsporte.com.

Depois de dar adeus ao Flamengo em amistoso contra o Nacional (Uruguai), em 4 de março, Léo desembarcou nos Estados Unidos no dia 23. São menos de duas semanas no clube - o suficiente para fazê-lo se sentir "em casa". Em meio às perguntas sobre a possível volta de Ronaldo aos gramados, o capitão já percebe a simpatia do grupo pelos brasileiros e o conhecimento dos companheiros sobre sua carreira.

- A recepção foi ótima. O pessoal me recebeu super bem, todos os jogadores, comissão técnica. Já estou me sentindo em casa. Eles sabem quem eu sou. Quando cheguei a recepção foi justamente por isso, saber quem vinha para cá, por eu ter feito história, ter sido capitão e conquistado títulos. Eles têm muita noção, me respeitam, e eu os respeito também, trato da mesma forma. Estou em casa, me sentindo muito bem.

Em Fort Lauderdale, Léo terá a missão de ser o camisa 10 e o capitão do time. No primeiro jogo-treino, atuou como meia pela direita - posição que já desempenhou anteriormente - e se sentiu bem. E já pôde ter uma primeira avaliação do time, que acredita ser "bem competitivo" e pode "chegar longe" na temporada.

- Estou "adaptadão" ao esquema, tem sido muito bom. O treinador às vezes muda, me coloca mais perto dos atacante. Ele tem me dado muita liberdade de onde vou jogar. O futebol aqui é mais corrido, e no Brasil é mais cadenciado. Aqui, quando a bola chega e você pensa mais rápido, consegue se sobressair - avaliou.

Depois de liderar um dos times mais populares do Brasil, Léo também terá missão de levar a braçadeira de capitão com os Strikers. A diferença é que trata-se de uma equipee mais jovem, ainda em formação. Por isso, o brasileiro encara como mais um "desafio".

- Isso para mim tem sido um desafio muito bom. Tenho em mente que vai ser muito gostoso fazer isso, liderar um time. Esperam muito de mim, tenho me preparado para ajudar, dar conta do recado.

Vida no Sul da Flórida: escolha perfeita

Enquanto vive a expectativa pelo começo de sua missão nos Strikers, o ídolo do Flamengo vai aproveitando os benefícios da vida no sul da Flórida. Em uma região com muitos brasileiros - residentes e visitantes - e com temperatura bem parecida com a do Rio de Janeiro, Léo afirma que só teve benefícios com a mudança, já que agora consegue ter "qualidade de vida".

- Aqui parece que eu estou no Rio. Mas tem a tranquilidade, a segurança, poder andar na rua tranquilo com a filha, a família. Estou fazendo coisas que há muitos anos não fazia no Brasil. Essa liberdade tem me feito muito bem. Estou morando um pouco antes de Miami, a 30 minutos de onde a gente treina. É muito bom, a temperatura, a praia. Aqui funciona tudo, é o que a gente chama de qualidade de vida. Escolhi também justamente por isso. Essa porta que Deus abriu aqui foi a escolha perfeita - resumiu.

Mesmo com maior liberdade, Léo ainda tem os momentos de encontro com fãs. Reconhecido pelos brasileiros da região, ele aproveita a sensação e vibra pela presença de rubro-negros "em todo lugar".
- O assédio é sempre bom, e aqui tem também sempre encontro muitos brasileiros na rua, no mercado. O pessoal quer foto, bater papo, e isso é gostoso. Americanos são poucos. Às vezes eles veem, perguntam quem é e tiram foto. Mas o carinho é o mesmo, eles estão começando a se apaixonar pelo futebol. E tem muito flamenguista. Flamenguista tem em todo lugar - encerrou.

Léo sorri com vista ensolarada ao fundo
(Foto: Reprodução/Instagram)