Na reta final do Brasileiro e entrando no último mês antes da eleição marcada para o dia 8 de dezembro, o vice-presidente de futebol Ricardo Lomba tem seu dia D para a disputa do pleito na Gávea. No próximo dia 6 de novembro, terça-feira que vem, o plenário do Conselho de Administração julga o recurso apresentado pela chapa rosa para livrar o candidato das restrições recomendadas pela Comissão Permanente Eleitoral.
O relatório da Comissão Permanente Eleitoral fez duas ressalvas à candidatura de Lomba. A primeira delas recomendava que o candidato se afastasse do cargo público na Receita Federal logo após a homologação da chapa rosa - na reunião do dia 6 de novembro. A hipótese é descartada por Lomba. A outra ressalva diz respeito às restrições em caso de assumir a presidência do Flamengo, pois teria "poderes limitadíssimos" na representação do clube em esferas públicas, além de citar "carga horária mínima", o que traria, supostamente, prejuízos na dedicação ao clube.
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Conselheiro do Flamengo e autor do recurso de Lomba, Walter Monteiro afirma que a chapa rosa está confiante em livrar o candidato de qualquer restrição de elegibilidade no pleito do dia 8 de dezembro no clube. Os apoiadores de Lomba contam com votos favoráveis até de membros da chapa adversária. Em entrevista recente à "Coluna do Flamengo", o ex-presidente Márcio Braga disse que o movimento "parecia coisa do Vasco", referindo-se à possível impugnação de Lomba.
- É uma determinação seletiva. Lomba não é o único candidato que trabalha. A maioria dos presidentes do Flamengo conciliou a atividade profissional com o exercício da presidência do clube. Resolvemos recorrer não para que ele pudesse concorrer ou tomar posse, mas para que essas duas ressalvas não sejam objeto de manipulação eleitoral - afirmou Walter Monteiro.
Também no dia 6 de novembro, outras três chapas serão homologadas para concorrer à presidência do Flamengo. A chapa roxa de Rodolfo Landim, a de cor branca de Marcelo Vargas e a amarela de José Carlos Peruano.
O Conselho de Administração é composto de 48 conselheiros da chapa vencedora (de Bandeira de Mello), 12 da perdedora (de Wallim Vasconcellos), nos dois casos referentes à última eleição, em 2015. Além destes 60, outros 60 conselheiros natos.
A maioria simples será determinante para a candidatura de Lomba passar sem restrição ou seguir com a recomendação de restrições à sua eventual posse na diretoria administrativa do Flamengo.
O regimento interno do Conselho de Administração prevê:
- votação verbal (com declaração de nome e voto)
- manifestação coletiva (com mãos levantadas, por exemplo, para determinar voto)
A votação secreta está prevista em três casos: "eleição do presidente e vice-presidente do Conselho; julgamento disciplinar dos seus membros, dos sócios Grandes-Beneméritos, Benemérito, Emérito e membros das Mesas de outros Poderes; decisão sobre responsabilidade financeira, que grave ou onere o patrimônio do Flamengo."
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