Flamengo e Palmeiras elevam rivalidade na busca pelo topo

9/4/2021 08:37

Flamengo e Palmeiras elevam rivalidade na busca pelo topo

Flamengo e Palmeiras elevam rivalidade na busca pelo topo
Arrascaeta, Flamengo x Palmeiras — Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

A Supercopa do Brasil colocará frente a frente os dois clubes mais vitoriosos do país nos últimos anos. A alta capacidade financeira aproximou Flamengo e Palmeiras, mas também elevou a rivalidade entre as torcidas, jogadores e diretorias.



A final está marcada para este domingo, às 11h, no estádio Mané Garrincha, com transmissão da Globo, SporTV e ge. O Tribunal Regional Federal proibiu a realização de eventos esportivos em Brasília, mas os clubes acreditam que a decisão será anulada em tempo de realizar a partida.


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A força da dupla frente aos adversários passa pela capacidade de montar elencos fortes e investir em estrutura. O time titular do Flamengo para esta Supercopa custou ao clube - que ainda tem parcelas a pagar por algumas contratações - R$ 347,4 milhões. Já o Palmeiras gastou R$ 126,1 milhões com seus titulares.

Para alcançarem outro patamar, os clubes precisaram organizar a casa. O Flamengo, principalmente a partir de 2013, com Eduardo Bandeira de Mello, passou a ter uma administração mais austera e a diminuir as dívidas. Depois da Copa do Brasil de 2013, os rubro-negros viveram um período de seca, mas foram ao poucos aumentando o nível do elenco.

A partir de 2016, o Flamengo passou a frequentar a parte de cima da tabela do Brasileiro e elevou o investimento. Em 2018, ficou em segundo, e o Palmeiras foi o campeão. Em 2019, na administração Rodolfo Landim, o Flamengo recheou a equipe de craques e viveu seu ano mágico com os títulos do Brasileiro e Libertadores. No fim da temporada, teve receita de quase R$ 1 bilhão. Em 2020, conseguiu o bicampeonato brasileiro.

O Palmeiras passou por processo semelhante. Após anos difíceis e longe do protagonismo, o Palmeiras se reestruturou a partir da temporada de 2015, com maior organização e investimento, e recuperou a rotina de disputar títulos importantes. A verba da Crefisa aumentou com o passar dos anos, assim como a influência da empresária Leila Pereira, que também é conselheira do clube e tem chance de ser candidata à presidência no fim de 2021.

Com Maurício Galiotte na presidência, o clube manteve investimentos altos no futebol e voltou a ganhar o Brasileirão de 2018. Em 2020, teve mais uma temporada vitoriosa com os títulos da Copa do Brasil e Libertadores.

Pandemia faz os clubes colocarem o pé no freio

A falta da receita com bilheteria e diminuição da arrecadação com o programa de sócios-torcedores atingiram em cheio os clubes brasileiros. Em 2020, o Palmeiras fechou com déficit de R$ 151 milhões. Só o departamento de futebol teve um prejuízo de R$ 87,7 milhões.


O Flamengo publicou seu balanço com queda de 20% na receita e prejuízo de R$ 106,92 milhões em 2020. Os dois clubes iniciam 2021 com um orçamento mais apertado e com a possibilidade de venderem mais atletas para fazer caixa.

O valor de cada time titular na Supercopa:

Flamengo - total: R$ 347,4 milhões


Diego Alves: R$ 1,7 milhão em 2017
Isla: R$ 2 milhões em luvas em 2020
William Arão: R$ 600 mil de luvas em 2016
Rodrigo Caio: R$ 31,5 milhões em 2019
Filipe Luís: R$ 8,8 milhões em luvas em 2019
Diego: R$ 4,8 milhões em luvas em 2016
Gerson: R$ 64,8 milhões em 2019
Everton Ribeiro: R$ 31,7 milhões, em 2017
Arrascaeta: R$ 81,6 milhões em 2019
Bruno Henrique: R$ 23 milhões em 2019
Gabigol: R$ 96,9 milhões em 2020

Palmeiras - total: R$ 126,1 milhões

Weverton - R$ 2 milhões em 2018
Marcos Rocha - R$ 8 milhões em 2019
Luan - R$ 10 milhões em 2017
Gustavo Gómez - cerca de R$ 27 milhões em 2018
Matías Viña - R$ 16,5 milhões em 2020
Felipe Melo - R$ 8,4 milhões em luvas
Zé Rafael - R$ 14,5 milhões em 2019
Raphael Veiga - R$ 4,5 milhões em 2017
Rony - R$ 28 milhões em 2020
Breno Lopes - R$ 7,2 milhões em 2020
Willian - trocado por Robinho com o Cruzeiro

As polêmicas recentes entre Flamengo e Palmeiras:

Briga na arquibancada em 2016 no Mané Garrincha

O duelo pelo primeiro turno de 2016 entrou para história por vários motivos. Com mais de 54 mil torcedores, a partida tinha tudo para ser uma festa do futebol, mas uma briga generalizada nos corredores das arquibancadas do Mané Garrincha manchou o domingo. Mandante do jogo, o Flamengo foi punido com multa de mais de R$ 200 mil pelo quebra-pau entre organizadas no intervalo.

Em campo, o protagonista foi César Martins. O zagueiro virou meme pela defesa de mão trocada em finalização de Gabriel Jesus, que resultou em expulsão, pênalti e gol do Palmeiras marcado por Jean na vitória por 2 a 1. Os dois times brigaram pelo título até as rodadas finais, mas o Verdão levou a melhor com antecedência.

Em 2018, Polêmica em São Paulo e Paquetá vilão no Rio

Flamengo e Palmeiras disputaram novamente palmo a palmo o título em 2018, com direito a confrontos diretos marcantes em São Paulo e no Rio. Às vésperas da Copa do Mundo, o 1 a 1 na Arena contou com seis expulsões, empurra-empurra generalizado e entrada polêmica de Felipe Mello em Vinicius Júnior. Os rubro-negros deixaram São Paulo nada satisfeitos.

A disputa acirrada durou até o jogo do returno, no Maracanã, quando Dudu e Marlos Moreno marcaram no 1 a 1. O que ficou na memória dos rubro-negros, porém, foi o gol perdido por Lucas Paquetá em chance clara, já no fim, da marca do pênalti.

Do "Cheirinho" ao "Palmeiras não tem Mundial"

Em 2018, Palmeiras e Flamengo disputaram o título brasileiro, e os paulistas ficaram a taça. O jogo que sacramentou a conquista foi no Rio de Janeiro, contra o Vasco. No embarque para São Paulo, os jogadores fizeram brincadeiras em frente a uma loja do Flamengo. Borja fez o "cheirinho".



A resposta do Flamengo veio no ano seguinte, quando foi campeão e o Palmeiras terminou em terceiro. Na comemoração deste e do título da Libertadores, jogadores como Gabigol cantaram a música "O Palmeiras não tem Mundial".

Dois confrontos e duas demissões de técnico em 2019

A temporada 2019 foi a forra rubro-negra. Dois jogos, duas vitórias incontestáveis, dois técnicos demitidos no rival. O 3 a 0 do Maracanã era confronto direto e fez com que o Palmeiras demitisse Felipão. Na volta, era só festa rubro-negra. Campeão da Libertadores e do Brasileirão, o jogo na casa do rival não tinha sequer um rubro-negro para comemorar. Só quem estava em campo: 3 a 1 com direito a baile e demissão de Mano Menezes.




Duelo durante surto de Covid em 2020

O confronto da 12ª rodada do Brasileiro aconteceu durante o surto de Covid do Flamengo, quando 19 jogadores foram infectados após viagem ao Equador. A diretoria rubro-negra tentou adiar a partida, mas a CBF não aceitou, com apoio do Palmeiras.

O Sindiclubes, o sindicato dos funcionários de clubes no estado do Rio, conseguiu a suspensão do jogo no Tribunal Regional do Trabalho. Um pouco antes do horário de a bola rolar, no entanto, a CBF conseguiu inverter a situação e a partida aconteceu, mesmo com 20 minutos de atraso para ser iniciada.

O Flamengo escalou muitos garotos da equipe sub-20. O duelo terminou empatado em 1 a 1.

Flamengo, Palmeiras, rivalidade, topo

577 visitas - Fonte: globoesporte


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