Adeus dos Diegos: goleiro e meia se despedem do Flamengo

12/11/2022 08:34

Adeus dos Diegos: goleiro e meia se despedem do Flamengo

Diego Alves e Diego Ribas se despedem do Flamengo contra o Avaí, neste sábado (12), pelo Brasileirão

Adeus dos Diegos: goleiro e meia se despedem do Flamengo
O Flamengo encara o Avaí, neste sábado (12), pela 38ª rodada do Brasileirão, no Maracanã. A partida vai marcar o adeus de dois jogadores históricos do clube carioca: Diego Ribas e Diego Alves, dupla que marcou uma geração no Ninho do Urubu.



Contratados em 2016 e 2017, o meia e o goleiro, respectivamente, chegaram na fase de transição do Flamengo que culminou em dois títulos do Brasileirão, dois da Conmebol Libertadores e uma Copa do Brasil em quatro anos. Mais velhos e sem o protagonismo que já vivenciaram em outra época, os dois se despedem da torcida com moral.


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Pelo lado do meia, Diego é o grande líder do atual elenco rubro-negro. Mesmo sendo reserva desde 2019, com exceção ao título do Brasileirão de 2020 quando foi titular sob o comando de Rogério Ceni, o camisa 10 é uma referência dentro do clube. Pelo profissionalismo, pela liderança e pela forma que soube conduzir as pressões durante a passagem pelo Flamengo.

De responsável pelo primeiro 'AeroFla' em sua chegada até a despedida contra o Avaí, Diego vivenciou diversos momentos no Flamengo. Da euforia pela sua chegada até as críticas por ser a figura mais conhecida do período do 'cheirinho', quando o clube vivenciou anos sem títulos importantes, sendo alvo de gozação de rivais, Diego se manteve firme para suportar as críticas.

Viveu durante 2017 e 2018 o período mais turbulento. Após o pênalti perdido na final da Copa do Brasil de 2017, quando a equipe acabou vice para o Cruzeiro, ele foi duramente criticado. Em 2018, antes de um jogo contra o Ceará, torcedores foram até o aeroporto e chegaram a agredir, não de forma física, mas moral e psicológica o camisa 10. Era a senha para Diego ali encerrar a sua participação até então discreta no clube. Mas a frase que o meia publicou em sua chegada 'Vamos viver nossos sonhos, temos tão pouco tempo', reforçava o desejo de continuar.

Após esse protesto, Diego fez gol contra o Ceará. Não rebateu o que sofrera no aeroporto. Foi comemorar com a torcida e abraçou os rubro-negros. Literalmente nos braços daqueles presentes no Castelão, Diego viu o cenário mudar. Dali em diante, viveu um momento de paz com a torcida.

No entanto, mais uma vez Diego viu o drama tomar conta dessa passagem pelo Flamengo. Só que o problema era mais grave do que uma crítica de torcedor. Diego sofreu uma grave lesão contra o Emelec que o tirou de boa parte da temporada mágica de 2019. Retornou apenas na semifinal da Libertadores contra o Grêmio durante um épico 5 a 0 no Maracanã. Só que o melhor estava por vir.

Reserva, Diego via Arão e Gerson dominarem o meio-campo, assim como Everton Ribeiro e Arrascaeta. A química de 2019 fazia o retorno do camisa 10 ser silencioso. Ninguém cobrava o retorno do líder do grupo. Pelo contrário. Diego soube esperar. E foi premiado com o 'lançamento da Glória Eterna'.

Banco em Lima, ele foi acionado por Jorge Jesus na vaga de Gerson. Na ocasião, o Flamengo perdia por 1 a 0 e buscava a todo custo o empate, que veio com Gabigol. Logo depois, Diego viu o camisa 9 e decidiu lançar. Gabriel brigou com os zagueiros do River Plate, pegou a sobra e decretou o placar. O título que estava entalado 38 anos na garganta do rubro-negro também estava em Diego. O primeiro caneco importante desde que foi contratado. Um alívio para o jogador, que no dia seguinte também faturou o Brasileirão do trio elétrico no Centro do Rio de Janeiro.

De lá para cá, Diego, ainda sem o protagonismo que esperavam em campo, seguia liderando o time que conquistou diversos títulos. Duas vezes o Brasileirão, duas vezes a Libertadores, uma Copa do Brasil e os Campeonatos Cariocas de 2019, 2020 e 2021. Teve também a Recopa Sul-Americana de 2020, além das Supercopas do Brasil em 2020 e 2021. Diego se tornou o segundo maior vencedor da história do clube. Com 12 títulos, ele fica atrás apenas dos ídolos Zico e Júnior, ambos com 13 canecos.

Mas Diego não precisa de um ou dois títulos para colocar seu nome na história do Flamengo. Ele já está. Com títulos, identificação e até uma ponta de amor e ódio com o torcedor, algo que se tornou natural no Flamengo, ele se credenciou como ídolo.

O próximo destino? Diego adiantou que vai se aposentar dos gramados. Mas garantiu que fica no meio do futebol. Existe o lobby de ter o camisa 10 atuando nos bastidores do Flamengo. Nada oficializado. Mas que ganha força após esse fim. Os próximos dias vão definir qual será o futuro.

Diego Alves também na galeria de ídolos
Contratado com a fama de ser o maior pegador de pênaltis do mundo, Diego Alves demorou a engrenar no Flamengo. Desde a chegada em 2017, o goleiro passou por altos e baixos, mas viu o histórico ano de 2019 o colocar na galeria dos ídolos rubro-negros.

A rica história começou de fato nas oitavas de final da Libertadores de 2019. E com os pênaltis, o seu grande trunfo no futebol espanhol. Diego Alves fechou o gol e garantiu uma defesa de pênalti que fez o Flamengo passar de fase.

Diego Alves voltou a brilhar na semifinal diante do Grêmio. No jogo de ida, no empate em 1 a 1 em Porto Alegre, o camisa 1 fez uma defesa que valeu um gol.

Quando Everton Cebolinha recebeu livre e fuzilou a meta rubro-negra, Diego estava lá para operar o milagre, que se repetiu em um outro chute, desta vez de Matheus Henrique, onde o goleiro abusou da plasticidade para segurar o empate. Resultado que deu tranquilidade para o Flamengo selar a ida à final com um impiedoso 5 a 0 no Maracanã.

Diego Alves também foi peça fundamental na conquista da Supercopa do Brasil em 2021. Diante do Palmeiras, o camisa 1 pegou três pênaltis e fez uma disputa quase perdida se tornar um caneco do Flamengo sobre o principal rival econômico do país.

Depois disso, Diego Alves conviveu com algumas lesões que o fizeram ter menos sequência no Flamengo. Na atual temporada, pouco jogo. Um atrito com Paulo Sousa o fez perder espaço para Hugo Souza.

Mesmo com o jovem criticado, o português decidiu apostar em Hugo e deixou Diego Alves de lado. Foi quando Santos chegou conta da posição. Mas Diego já estava consolidado.

Mesmo reserva e com apenas sete jogos na temporada, trabalhou calado e se manteve profissional. Diego é muito querido no clube, tem ótima relação com o departamento de futebol e não queria arranhar sua imagem construída com títulos.



Se Diego Ribas anunciou que vai se aposentar, Diego Alves deve continuar atuando na próxima temporada. No entanto, seja lá qual for o destino escolhido, vai ser difícil se identificar com algum clube no país como teve com o Flamengo.

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431 visitas - Fonte: ESPN


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