A Comissão Permanente Eleitoral (CPE) do Flamengo impugnou as chapas de Wallim Vasconcellos e Pedro Paulo , além de confirmar as candidaturas de Bap, Maurício Gomes de Mattos e Rodrigo Dunshee. Mas o que diz o parecer que acusa fraude de pré-candidato e detalha o processo de registro de outros nomes? O UOL teve acesso ao documento e detalha. Reprovadas Flamengo em outro patamar - Wallim Vasconcellos A CPE identificou inconsistências visíveis entre assinaturas de determinados formulários de sócios que foram indicados para compor tanto o CODE quanto o COAD. A comissão diz que "a mesma pessoa apresentava assinaturas distintas em mais de um formulário". Por isso, pediu que a Diretoria dos Conselhos entrasse em contato com os sócios para ratificarem que assinaram os documentos, mas vários indicaram que não o haviam feito. Diante do cenário, Wallim foi convocado para uma reunião de esclarecimentos no dia 10 de outubro. Durante o encontro, o pré-candidato concordou com a gravidade das constatações da Comissão e disse que aguardaria a comunicação formal para a chapa.
Além disso, a comissão pediu o envio de certidões faltantes, esclarecimentos sobre apontamentos identificados em certidões que foram apresentadas pela chapa e substituição dos nomes de sócios que solicitaram expressamente sua exclusão da chapa, nomes em duplicidade que não formalizaram a opção de chapa e outros que optaram por integrar outras chapas, além de nomes duplicados na própria lista apresentada pela chapa. No dia 14 de outubro, Wallim indicou as substituições e afirmou que "causou estranheza" alguns sócios afirmando que não haviam assinado os formulários.
O membros da chapa estariam buscando entender o que houve, mas as pessoas já haviam sido substituídas. O candidato afirmou que o pedido de ratificação endereçado aos sócios "não encontra guarida no Estatuto do Clube e denota um tratamento não isonômico entre as chapas" e que o fato de a CPE ter solicitado tais ratificações "configura uma ameaça à licitude e transparência do processo eleitoral". A chapa também apontou uma suposta perseguição e coloca em dúvida a lisura dos procedimentos adotados pela CPE. A CPE decidiu, por unanimidade, o indeferimento do registro. Em contato com o UOL , Wallim afirma que pediu uma apuração e sindicância sobre o fato. Ele dará uma entrevista na quarta-feira sobre o tema. Vale dizer, a CPE recebeu a confirmação, em primeira pessoa, de que sócios não assinaram o documento apresentado pela chapa, que é intrínseco e necessário para que a Chapa pudesse se inscrever no pleito conforme artigo 151, inciso III, do Estatuto. Em português claro: as assinaturas foram falsificadas. Repita-se para não haver dúvidas: não se trata de um vício sanável, tal qual um erro material facilmente identificado e corrigível. Não se trata de uma pendência, falta de documento ou necessidade de esclarecimentos por uma chapa concorrente. Trata-se de uma tentativa de fraude que foi identificada, investigada e comprovada no âmbito da competência e das apurações efetuadas pela Comissão Eleitoral.
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