Ex-presidente do Flamengo , Eduardo Bandeira de Mello (2013-2018) esteve presente na reunião do Conselho Deliberativo do clube nesta quinta-feira (14) e falou sobre as confusões durante as votações das emendas propostas. O atual deputado federal pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) não escondeu a insatisfação e a revolta com toda a situação que ocorreu durante a reunião. Para Bandeira, trata-se de um "golpe".

- O presidente do Conselho Deliberativo declarou o resultado e aí ele foi pressionado com truculência, com violência. Tomaram o microfone da mão dele, aí ele se viu obrigado a anular a sessão. Ou seja, o que era um golpe estatutário passou a ser um golpe de verdade mesmo, um golpe violento, um golpe com truculência. Não tinha tanque de guerra até porque não dá pra entrar com eles, mas o que nós vimos foi um ato de violência para tentar mudar uma decisão democrática do conselho do Flamengo - afirmou o ex-presidente.

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A confusão se inicou quando a pauta foi a votação da emenda que visava proibir a candidatura de pessoas que ocupem cargos eletivos.

- Antes dessa sessão do conselho vocês tinham me perguntado o que eu achava disso e eu falei que era um golpe. Efetivamente era. Só que eu achei que era um golpe estatutário, mas foi muito mais que um golpe estatutário, porque a emenda foi lida, foi apreciada, foi votada, ganhamos de 80 a 20. Todo mundo viu isso - disse.

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Bandeira de Mello demonstrou preocupação com o prosseguimento do processo. A votação foi adiada e a decisão ainda não foi tomada.

- Se não fraudarem a ata da reunião, vai estar lá a gravação do presidente do conselho proclamando o resultado. E o resultado tá dado. Agora eu não sei o que vai acontecer. Vão convocar uma outra reunião, quarta-feira à tarde, com quórum reduzido, não sei o que vai acontecer. Fato é que nós ganhamos, os conselheiros do Flamengo manifestaram a sua opinião soberana pela democracia. Infelizmente, isso daí foi manchado pela ação violenta de alguns conselheiros inconformados.