Dá para dizer que José Boto começou com o pé direito no Brasil. Em três meses no futebol brasileiro, o diretor de futebol português conquistou os dois títulos que disputou com o Flamengo, a Supercopa do Brasil e o Carioca, e encontrou um treinador que lhe enche os olhos. Assim como fez Michael na pré-temporada nos Estados Unidos, o dirigente também comparou Filipe Luís com o seu compatriota Jorge Jesus, que marcou seu nome na história rubro-negra entre 2019 e 2020, em entrevista devilgada nesta sexta pela "FlamengoTV", canal oficial do clube no YouTube.
Trabalhei com o Jorge Jesus por seis anos, ganhamos muitas coisas, fomos a finais de competições europeias, que para a realidade do Benfica hoje é bom. É um treinador que vive o futebol 24 horas por dia. Nisso, são iguais. Em ideias de jogo, eles têm algumas diferenças. Há coisas que gosto mais do estilo do Filipe do que do Jorge, principalmente a forma como ataca. De controlar mais o jogo. O Jesus é mais vertigem, o que também é bom. Há nuances diferentes como pensam principalmente o jogo ofensivo.
Algo que vem sendo motivo de preocupação entre jogadores e torcedores do Flamengo é o alto número de problemas musculares neste início de temporada. Perguntado sobre o assunto, Boto citou as pré-temporadas europeias para minimizar a questão e projetou uma redução nas lesões daqui para a frente.
Com pouco tempo de clube, já tenho muita coisa para contar aos meus netos, não é? E isso tem muito a ver com a dimensão do clube. Eu costumava dizer que um ano no Benfica equivalia a três no Shakhtar. Aqui, um mês no Flamengo equivale a um ano no Benfica e a seis no Shakhtar (risos). Pela intensidade com o que isto é vivido e o que nós temos que cuidar. Mas é também para isso que nós estamos aqui. Acho que um profissional de futebol, o que leva no final são essas memórias, essas experiências.
Tem chamado a atenção. Por outro lado, numa visão macro do futebol brasileiro, eu acho que é algo que os clubes têm que cuidar. Isso acontecia na Europa há 20 anos, não pagavam salário, mas a Uefa foi rígida e criou o Fair Play Financeiro.
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