José Boto, o diretor de futebol do Flamengo, expressou suas preocupações sobre a arbitragem após a recente partida contra o Estudiantes na Libertadores. Em uma entrevista ao vivo no programa Seleção sportv, Boto comentou sobre a decisão da Conmebol de anular a expulsão do atacante equatoriano Plata, que permitirá que ele jogue na partida de volta. Embora tenha celebrado a reparação, Boto enfatizou que o Flamengo ainda foi prejudicado pelos erros de arbitragem, que, segundo ele, precisam ser corrigidos.

“Não é um erro de campo, mas é um erro que tira um jogador do jogo seguinte. Isso prejudica a equipe, e erros graves devem ser corrigidos, seja pelo VAR, decisões posteriores ou conselhos de arbitragem,” disse Boto. Ele argumentou que as falhas não se limitaram à expulsão do Plata, mas envolveram uma série de decisões duvidosas durante a partida que, segundo ele, demonstraram um comportamento arrogante por parte da equipe de arbitragem.

Boto citou o tratamento desrespeitoso que sua equipe recebeu do árbitro colombiano Andres Rojas e seu assistente. “Houve um episódio em que o assistente do Felipe perguntou sobre os critérios para os cartões amarelos e foi tratado de forma agressiva pelo quarto árbitro. Fui ao árbitro pedir explicações sobre a expulsão de Plata e também fui solicitado a me afastar de maneira arrogante,” relatou Boto, denunciando a falta de normalidade nessas interações.

Além disso, o diretor de futebol apontou para um incidente em que um jogador dos Estudiantes, que já tinha amarelo, cometeu uma falta violenta, mas não recebeu um segundo cartão imediato. Segundo ele, o quarto árbitro sugeriu que o treinador da equipe adversária substituísse o jogador para evitar a expulsão. “Esses comportamentos não são normais e geram uma série de erros que não podem ser tolerados,” acrescentou Boto.

Durante o programa, o ex-jogador e comentarista Felipe Melo apoiou a crítica de Boto, afirmando que a arbitragem de Rojas parecia mal-intencionada. Boto concordou, afirmando que esse tipo de arbitragem, que se destaca pela arrogância, deve ser banido do futebol. Ele expressou sua preocupação com a próxima partida em La Plata, temendo que a arbitragem na casa do adversário possa ser ainda mais problemática.

“Se em nossa casa, diante de 65 mil torcedores, um árbitro age de forma tão desinibida, é preocupante o que pode ocorrer em um ambiente mais hostil,” finalizou Boto, reafirmando o desejo de que a Conmebol designe um árbitro com coragem e que não se deixe intimidar. “Queremos ganhar ou perder dentro de campo, sem favorecimentos,” concluiu.