Quando o principal jogador de uma equipe não entrega o que se espera, como foi o caso de Arrascaeta em La Plata, surge a necessidade de que outros atletas assumam essa responsabilidade. O argentino Rossi desempenhou esse papel crucial durante a decisão por pênaltis. Arrascaeta, que ainda possui muito crédito junto à torcida, poderá ser um dos pilares do Flamengo na semifinal contra o Racing. Todos têm o direito de cometer uma partida abaixo do esperado, e isso também foi a realidade para outros jogadores do Flamengo.
Filipe Luís estava certo em suas escolhas e na estratégia proposta. Contudo, o Estudiantes, com uma organização eficaz e uma entrega admirável, superou a boa intenção dos brasileiros. Apenas Saúl e Samuel Lino conseguiram manter um padrão elevado de desempenho. Os demais jogadores deixaram a desejar. Contudo, não foi apenas em termos técnicos que o Estudiantes se destacou; faltou ao Flamengo a garra necessária. Em todas as disputas aéreas e nas bolas divididas, a vitória foi sempre argentina.
Do ponto de vista tático, o treinador do Estudiantes conseguiu neutralizar as ações do Flamengo. Ele moldou um jogo físico, onde sua equipe se saiu melhor, e optou pelas jogadas longas, obtendo êxito em sua proposta. Embora o Flamengo tenha uma qualidade técnica indiscutível, a realidade da Libertadores mostra que isso não é suficiente. Se não igualar a intensidade do Racing, o Flamengo corre o risco de ser eliminado. Caso vença no Rio de Janeiro, mesmo que por um gol de diferença, assim como aconteceu contra o Estudiantes, pode se ver novamente em apuros.
A luta pela classificação, que foi repleta de emoções, deve servir como aprendizado para que o Flamengo saiba competir não apenas com base em sua qualidade técnica, mas também com a determinação e o empenho que a competição exige. Do contrário, existe o risco de não alcançar o seu objetivo principal: chegar à final da Libertadores, onde é amplamente considerado favorito.




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