No último encontro entre Flamengo e Estudiantes, ocorrido na quinta-feira, as tensões extrapolaram os limites aceitáveis do esporte. Durante a celebração dos atletas do Flamengo pela conquista da classificação para a semifinal da Libertadores, a torcida do Estudiantes atirou diversos objetos em campo, incluindo isqueiros, latas e outros itens, atingindo vários jogadores. Bruno Henrique, atacante do time brasileiro, foi um dos atingidos e respondeu com um gesto considerado obsceno, gerando grande repercussão nas redes sociais.
Bruno Henrique se manifestou nas plataformas sociais, alegando que sua atitude foi uma reação direta aos ataques da torcida adversária. Ele destacou que a cobertura midiática estava focada em seu gesto, sem considerar o que havia ocorrido com os jogadores do Flamengo em campo. "Só mostram a minha parte, mas a parte de nós jogadores sendo atingidos por objetos não mostraram. Inclusive, só tive essa reação por ter recebido um isqueiro no rosto", declarou o jogador, demonstrando-se inconformado com a situação. Em um outro comentário, ele questionou se sempre seria visto como o "ruim da história."
O incidente não passou despercebido pela Conmebol, que abriu um processo disciplinar contra Bruno Henrique. O órgão citou diversos sites de notícias, tanto brasileiros quanto argentinos, para embasar sua ação. O jogador pode ser punido de acordo com os artigos 2b e 2c do Código Disciplinar, que tratam de comportamentos ofensivos e da violação de normas esportivas. Bruno Henrique tem até o dia 3 de outubro para apresentar sua defesa. A possível penalidade inclui a suspensão por um número definido de partidas ou por um período de tempo.
Em um contexto separado, Bruno Henrique também enfrenta uma ação judicial no Brasil, onde foi acusado de manipulação de resultados ao forçar um cartão amarelo, supostamente para beneficiar apostadores. Ele já foi punido com 12 jogos de suspensão, mas está em campo sob efeito suspensivo enquanto recorre da decisão. A Procuradoria do STJD, por sua vez, busca um aumento na pena, e o julgamento em segunda instância ainda aguarda agendamento.




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