Destaque na série D, Willians recorda títulos e elogia futebol do Flamengo: "Dá gosto de ver"
Atualmente no Castanhal-PA, líder da Quarta Divisão, volante passa carreira a limpo e destaca Adriano e Ronaldinho Gaúcho: "Tinham muito potencial para jogarem até agora"
A Série D do Brasileiro é recheada de jogadores experientes, muitos com histórias em grandes clubes do país. No líder geral da competição, o Castanhal, do Pará, o destaque é o volante Willians, ex-Flamengo, Internacional, Udinese-ITA, Cruzeiro e Corinthians.
Aos 35 anos, o meio-campista é titular absoluto no time paraense, líder do Grupo 1, com dez vitórias e três empates em 13 rodadas. Desde que chegou à equipe no final de junho, o jogador só ficou de fora de uma partida, por suspensão. São oito jogos com a camisa aurinegra, ajudando o Japiim na campanha invicta até o momento.
– Ainda tenho na minha vida a vontade jogar futebol. Apostei com eles aqui que colocaria o Castanhal onde devia estar, que é na Série C. Desde que cheguei fui abraçado com carinho. Estou muito feliz e espero ajudar mais o Castanhal. Tenho certeza que estaremos na Série C muito pelo trabalho que estamos fazendo – comentou o volante, em entrevista ao ge.
Cria das categorias de base do Santos, Willians surgiu para o futebol profissional no Santo André, em 2007. Pelo time do ABC Paulista, foi titular em duas temporadas, conquistando o vice da Série B em 2008. Com isso, chegou ao Flamengo na temporada seguinte, onde a boa fase continuou.
– Fui para o Flamengo, Cuca me chamou. Pelo trabalho que eu fiz em 2008, fui uma das melhores contratações. Em 2009 assumi a vaga de titular e não saí mais. Ganhei Brasileiro, três títulos cariocas, joguei três Libertadores. Ficou na minha história. Foram quatro anos de conquistas – recordou.
Willians foi companheiro de grandes jogadores no Flamengo, como Adriano e Ronaldinho Gaúcho.
– Joguei com lendas do futebol. Kleberson, Fábio Luciano... Depois que veio o Adriano e deu aquela arrancada. Teve o Zé Roberto, o Ronaldinho Gaúcho. Foi uma honra jogar com esses caras.
– O dia a dia era bom. Todo mundo treinava, todos eram parceiros, se respeitavam. Nós víamos duas lendas treinando, Adriano e Ronaldinho. Dentro de campo tínhamos que correr para os dois jogarem – disse Willians.
Adriano e Ronaldinho Gaúcho encerram a carreira antes do previsto. Willians via potencial para a dupla seguir por mais tempo dentro de campo.
– Foi maravilhoso pra mim, uma experiência muito grande. Costumo dizer que quando fui para fora, foi quando comecei a aprender a jogar futebol. Aprendi muita coisa com o Di Natale, que é um dos maiores ídolos da Udinese. Joguei só com feras lá. Acabei fazendo uma história, gostam de mim até hoje. Zé Roberto jogou até os 40. Tenho certeza que, se eles tivessem a mentalidade para continuarem, estariam aí brincando de jogar futebol. Nós que temos uma idade de 30 pra cima, aí que começa a experiência, o auge.
Mesmo depois de tanto tempo, Willians segue acompanhando o Flamengo. Ele exalta o desempenho da equipe nos últimos anos e prevê mais conquistas no futuro.
– A fase do Flamengo é muito diferente da minha época. Hoje é merecedor pela estrutura, pelo trabalho que está sendo desenvolvido, pela diretoria, contratações certas. Tem tudo para ficar muitos anos à frente de vários clubes do Brasil. Só tenho a elogiar o trabalho dos jogadores, comissão técnica e toda a diretoria. Se continuar do jeito que está, vai ganhar mais títulos que todos imaginam. Dá gosto de ver o time jogar.
Confira mais trechos da entrevista exclusiva com o volante Willians
Início no Santo André
– Minha base toda foi no Santos e depois fui para o Santo André. Fiquei um bom tempo lá, graças ao (técnico) Sérgio Soares, que me deu a oportunidade de jogar. Na época da Copa do Brasil, estavam Sandro Gaúcho, Elvis, Ramalho, essas relíquias que estão na história do Santo André. Acabei fazendo dois grandes anos, onde colocamos o clube na primeira divisão, sendo vice-campeões da Série B de 2008.
Aprendizados na Udinese
– Foi maravilhoso pra mim, uma experiência muito grande. Costumo dizer que quando eu fui para fora, foi quando eu a comecei a aprender a jogar futebol. Aprendi muita coisa com o Di Natale, que é um dos maiores ídolos da Udinese. Joguei só com fera lá. Acabei fazendo uma história, gostam de mim até hoje.
Destaque no Internacional
– O Dunga me chamou. O Guiñazu estava indo para o Vasco e ele me chamou para suprir essa ausência. Fiquei dois anos, ganhei dois títulos gaúchos, botei o Inter na Libertadores. Joguei só com fenômenos como D’Alessandro, Kleber, Forlán, Dátolo, Índio, Juan... Foi uma passagem muito boa.
Passagens por Cruzeiro e Corinthians
– Fui ídolo no Cruzeiro, a torcida me ama até hoje. Quando fui para lá, o Leandro Donizete estava jogando no Atlético-MG e acabei colocando um certo respeito maior em Minas Gerais. Foi uma passagem boa. Fui campeão mineiro e joguei a Libertadores. Tite me chamou para ir para o Corinthians, porque o Ralf tinha saído. Joguei Paulista, Brasileiro e Libertadores. Foram duas passagens boas.
Gratidão ao futebol
– O futebol me deu muitas vitórias. Lógico que tenho altos e baixos, mas sempre busco levar as vitórias. Amigos que me ensinaram e apoiaram, a humildade que eu tenho de ouvir. O que mais marcaram em mim são dois jogadores, que são Di Natale e Fernandão.
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