Luiz Eduardo Baptista, o novo presidente do Flamengo , acentuou em relato público, durante a sua posse, que uma provável construção do estádio, tão celebrada pela diretoria anterior, necessitará de estudos prévios. O que é óbvio, pois não se tem a certeza do que há no terreno. Este deve ser submetido a uma limpeza física e técnica, para impedir futuros problemas. O local se tornou por um gasômetro, criação de uma empresa belga em 1911.
Em 1969 ocorreu a sua estatização. E sua desativação saiu em 2006. Vale lembrar que o decreto de desapropriação exige "a implementação de equipamentos específicos". Bap quer evitar - o raciocínio é correto - que o Flamengo seja vítima das dificuldades pelas quais passou o São Paulo, com o Morumbi. E pelo Corínthians, no Itaquerão. O Tricolor paulista teve perdas esportivas entre 1958 e 1969.
Neste período, permaneceu sem conquistar títulos. Já o Alvinegro convive com problemas financeiros desde 2014, quando o estádio passou a receber jogos e espetáculos musicais. É importante ressaltar que o terreno que abrigou o gasômetro por quase um século foi adquirido pelo Flamengo com evidentes fins eleitoreiros;Por parte do prefeito Eduardo Paes, que ganhou um novo mandato. E pelo ex-presidente do Flamengo, Rodolpho Landim, derrotado em sua tentativa de continuar à frente do clube.
O maior erro do pessoal que acaba de deixar a Gávea, de acordo com algo próximo de uma pesquisa realizada por este que vos escreve, foi demitir Dorival Júnior. O técnico ganhou dois títulos de importância consecutivos. Caiu dez dias após as conquistas. E pior: substituí-lo pelo português Vitor Pereira, o pior técnico da longa trajetória do futebol do clube. Jose Bastos Padilha comandou, com total suesso, o Flamengo entre 1932 e 1937 – Wikimedia Commons
Luiz Eduardo Baptista disse também, em breve entrevista à TV Bandeirantes, que o seu objetivo não é profissionalizar apenas o futebol. Mas o Flamengo como um todo, o que jamais foi realizado - palavras suas - nos 129 anos da história rubro-negra. O pensamento é digno de muitos aplausos. Mas José Bastos Padilha, o maior presidente do clube em 13 décadas, teve a capacidade e a coragem para pôr em prática o mesmo desejo de Bap nos cinco anos que esteve à frente do Flamengo. Padilha assumiu em fevereiro de 1933 e renunciou por razões íntimas no fim de 1937.
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