Gilmar Popoca arma o time que enfrentou e acabou eliminado pelo Corinthians (Foto: Staff Images/Flamengo)


Difícil apontar alguém que conheça Vinicius Junior tão bem ou melhor do que Gilmar Popoca. Técnico do atacante no Flamengo há três anos, ele acompanha cada etapa da evolução do jogador, que está com 16. O degrau mais recente foi a participação de Vinicius na Copinha. Começou como reserva, Popoca queria lançá-lo pouco a pouco, e terminou como sensação do time. O Rubro-Negro, no entanto, caiu nas quartas de final. Foi derrotado por 2 a 1 pelo Corinthians, de virada.

Na volta ao Rio, Gilmar Popoca terá uma conversa com a direção do Flamengo. Na pauta, uma avaliação do trabalho como um todo e um projeto para Vinicius. O departamento de futebol profissional quer acompanhar o jogador ainda mais de perto. Por conhecê-lo tão bem, Popoca faz parte do processo. O treinador sabe que Vinicius atraiu olhares, impressionou. E conhece bem as consequências.

- Sei que o clube sofre pressão grande da torcida. Há anos o clube não tem um ídolo, um craque que veio da base. A gente sabe que a empolgação é muito grande, o Flamengo é grande demais em qualquer coisa - disse ao GloboEsporte.com.



Vinicius Junior encara a marcação corintiana no último jogo do Fla na Copinha (Foto: Staff Images/Flamengo)


E já tem a resposta caso seja questionado sobre uma possível promoção do jovem.

- Minha opinião é lapidar mais ele, fortalecer, para que ele possa ir, dar uma chegada no profissional, mas que a gente continue moldando ele, que chegue fortalecido. Se ele continuar com a gente, vamos procurar evoluir esse menino cada vez mais. Para que possa chegar ao profissional, passar uns anos, dar alegria para a gente e depois seguir o caminho dele, seguir para a Europa.

O argumento de Popoca é muito simples. Se o Flamengo é o clube que faz craque em casa, também acumula algumas frustrações recentes com promessas que não vingaram.

- Vinicius precisa desenvolver o ciclo dos juniores, é o último momento antes do profissional. Já vimos alguns atletas chegarem e não conseguirem se estabilizar, ficar dentro do grupo. E o Flamengo já tem um grupo forte e bem formado no profissional hoje. Eu deixo a decisão para a diretoria, essa é só a minha opinião.

A avaliação sobre o desempenho rubro-negro na Copinha é positiva, segundo o técnico. Principalmente por se tratar de um time ainda em formação.

- As vitórias e os títulos correm junto com desempenho, já tínhamos feito uma grande exibição na Copa RS, ficamos na semi. E agora contra o Corinthians, um time muito mais experiente que o nosso. A maioria dos nossos atletas é de primeiro e segundo ano. Fizemos um jogo maravilhoso, criamos diversas chances, em determinado momento fomos até melhores que o Corinthians. A gente sai feliz, porque a gente tem várias gerações se aproximando de muito talento. As conquistas vão chegar, mas importante é formar jogadores que cheguem ao profissional com nível técnico muito alto. Tem um futuro bem legal aí.