[i]Mingau com o troféu de campeão do NBB 2014/15 (Foto: Arquivo pessoal[/i]
o dia 10 de junho de 2016, o Flamengo vencia o Bauru por 100 a 66, na Arena Carioca 2, e faturava o Novo Basquete Brasil (NBB) pela última vez. No elenco estava o jovem Luiz Otávio Guimarães, o Mingau, que não teria o seu contrato renovado após a conquista. Aos 22 anos, o ala-pivô de 2,01m encerrava ali a sua curta carreira nas quadras. Dois anos depois, porém, Mingau decidiu retornar ao basquete para um novo desafio: ser o técnico do novato Niterói no Campeonato Estadual do Rio. Nesta terça, ele esteve na Gávea pela primeira vez após deixar o clube. A sensação foi a melhor possível, apesar da derrota da sua equipe por 100 a 36.
- Foi a primeira vez que eu entrei aqui depois que eu saí do Flamengo há dois anos. Voltar aqui é uma lembrança muito boa. Agora estou tentando escrever um capítulo à parte com o foco todo no Niterói. Estou muito feliz por poder voltar e rever grandes amigos. Fui muito bem recebido por todos e fico feliz com isso, pois vejo que construí amizades ao longo da carreira - afirmou.
Campeão das edições 2014/15 e 2015/16 do NBB, Mingau era reserva na equipe estrelada por Marcelinho, Rafa Luz, Ronald Ramon, Jerome Meyinsse e os remanescentes Marquinhos e Olivinha. Apesar do início vitorioso de carreira, o Flamengo optou por não renovar o contrato com a jovem promessa, que decidiu trilhar um caminho profissional longe das quadras.
- Quando eu estourei a idade para jogar o sub-22, o Flamengo não renovou o meu contrato. Tive umas opções de jogar em outras equipes e disputar a Liga Ouro, mas acabei optando por me tornar advogado. Eu já fazia faculdade e decidi seguir esse caminho. Mas o basquete não sai da gente e isso me motivou a aceitar o convite para dirigir o Niterói. Vir aqui e ver esses jogadores felizes já me deixa realizado - contou.
Apesar da função de técnico, Mingau não deixou a advocacia. Durante o dia, o ex-ala-pivô trabalha como estagiário do corpo jurídico de uma empresa de engenharia. Os treinos no Niterói acontecem apenas na parte da noite. Como o time é amador, o treinador conta com a boa vontade de jogadores e demais integrantes da comissão técnica.
- Nenhum jogador ganha nenhum Real do clube. Não pagamos sequer passagem. Todos os jogadores têm os seus trabalhos fora das quadras e jogam basquete por amor. Apesar de não termos compromissos financeiros com os atletas, temos o compromisso de estarmos aqui e darmos o nosso melhor - destacou.
No próximo sábado, o Niterói enfrenta o Botafogo às 18h no Centro Esportivo La Salle em Niterói, pela terceira rodada do Estadual do Rio. Para Mingau, o jogo é mais uma chance de dar experiência à sua equipe.
- Temos um projeto a longo prazo. Não dá para montar uma equipe hoje e ganhar dos grandes amanhã. O caminho é árduo, temos que ir passo a passo, atraindo incentivos privados e quem sabe daqui a uns dois ou três anos entramos na Liga Ouro para disputar vaga no NBB - finalizou.
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