Relembre reviravoltas do Flamengo neste século

2/4/2022 13:39

Relembre reviravoltas do Flamengo neste século

Relembre reviravoltas do Flamengo neste século
O Flamengo tem desvantagem considerável a tirar caso queira o inédito tetracampeonato carioca neste sábado, às 18h (de Brasília), no Maracanã, depois de perder o primeiro jogo por 2 a 0. Para, pelo menos, forçar uma disputa por pênaltis, precisa vencer o Fluminense por dois gols de vantagem. Para levar o caneco no tempo normal, é necessário um saldo de três.



Neste século, porém, conseguiu reviravoltas marcantes em cenários semelhantes, duas delas se colocam entre as mais importantes da história do clube. Pelas coincidências e diante do fato que há muitos remanescentes no elenco, a última, conquistada em 2019, tem um peso maior.


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Emelec: o "batismo" de Jorge Jesus

Jorge Jesus hoje é um dos maiores ídolos do Flamengo. Em um ano de Gávea, conquistou mais taças do que sofreu derrotas: 5 a 4, entre elas a Libertadores contra o River Plate e um Brasileiro vencido com sobras.

Apesar da idolatria, foi bem complicado o início do Mister. O retrospecto antes da partida que classificaria o Flamengo para as quartas de final de uma Libertadores após nove anos era o seguinte: duas vitórias, uma derrota e três empates, dois destes resultaram em eliminação na Copa do Brasil para o Athletico-PR.

A única derrota sofrida até então havia sido justamente para o Emelec, por 2 a 0, no Equador. No jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, Mister foi tratado como "professor pardal" por colocar Rafinha na ponta direita. Ainda perdeu Diego, que fraturou o tornozelo direito após entrada duríssima de Arroyo. Como já havia queimado as três substituições aos 21 minutos, não pôde substituir o camisa 10, o que lhe rendeu mais críticas.

Mas, no jogo de volta, no Maracanã, com 18 minutos, Gabigol já havia despachado a vantagem equatoriana, e o Flamengo tinha 2 a 0 no placar. Tudo indicava uma goleada. O time, porém, desperdiçou boas chances, a mais incrível delas com Thuler, e o jogo foi para os pênaltis. Diego Alves, hoje com pouco espaço com Paulo Sousa, pegou a cobrança de Arroyo, o algoz do xará Ribas, e Queiroz bateu a última no travessão.


A classificação provocou uma das maiores catarses já vistas nos últimos tempos no Maracanã. Rafinha desabou no chão e chorou, comemoração que rendeu ironias de torcedores adversários, principalmente diante das inúmeras eliminações do Flamengo em Libertadores no atual século.

Dos atletas que até hoje estão no elenco, foram titulares Diego Alves, Renê, Willian Arão, Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol. Acreditem: Arrascaeta, preterido na gestão de Abel Braga, foi reserva e entrou no segundo tempo. Não por opção, vale ressaltar. O uruguaio se recuperava de lesão na coxa direita sofrida durante o primeiro tempo da eliminação contra o Athletico-PR e ficou fora dos três seguintes.

Jorge Jesus, enfim, estava "batizado" após seu primeiro grande teste de fogo e iniciaria um dos períodos mais felizes da história do Flamengo. Goleadas, títulos e futebol de altíssimo nível sempre com Maracanã cheio. Gabigol, substituído naquele jogo, situação raríssima nos dias de hoje, não sabia que estava a poucos meses de entrar na realeza rubro-negra como o Príncipe.

O tri de Petkovic

Se o assunto é idolatria não há como esquecer Petkovic, autor de um dos gols mais importantes da história do Flamengo e do Maracanã. Em 27 de maio de 2001, Pet, gringo como Jorge Jesus e também alvo de questionamentos à época por conta do temperamento difícil, gravou seu nome nas páginas rubro-negras com um lindo gol de falta contra o Vasco.

A suada vitória por 3 a 1, conquistada no fim do jogo, garantiu ao clube seu quarto tricampeonato estadual. Derrotado de virada no primeiro jogo por 2 a 1, o Flamengo precisava de dois gols de diferença para levar o tri.

O gol é tão marcante, que o minuto do gol, marcado aos 43 do segundo tempo, virou o número de Pet em sua segunda passagem pela Gávea, na qual protagonizou a conquista do hexacampeonato brasileiro ao lado de Adriano em 2009, já aos 37 anos.

Apesar de sofrer pressão de parte da torcida - na semana anterior à finalíssima um dos muros da Gávea foi pichado com os dizeres "morte aos sérvios" -, Pet já tinha muito carinho dos rubro-negros pela qualidade do seu futebol e a excelência nas bolas paradas, com direito, inclusive, a gols olímpicos.

Petkovic e Edílson, desafetos fora do campo, decidiram a final. Julio Cesar também foi fundamental, já que o Vasco chegava a todo instante em contra-ataques. Euller era perigo contínuo. O Capetinha abriu o placar de pênalti, mas o rival empatou com Juninho no fim da etapa final.

No começo do segundo tempo, Pet fez grande jogada pela esquerda e "colocou com a mão" para Edílson, de cabeça, fazer mais um. Depois disso, o jogo se tornou um tenso ataque contra defesa, com Euller, o Filho do Vento, saindo na frente de Julio Cesar frequentemente.


Até que veio a falta de Fabiano Eller em Edílson. Depois de muita conversa, Pet se posicionou para a bola. Silêncio ensurdecedor no Maracanã. Numa cobrança que estaria mais à feição de Beto, àquela altura já substituído, o gringo, aliando efeito e força, venceu Helton e encontrou o ângulo e a eternidade junto aos rubro-negros.

Coritiba em 2014

De relevância bem inferior em relação aos dois outros jogos citados porém não menos emocionante, o Flamengo conseguiu uma virada histórica contra o Coritiba nas oitavas de final da Copa do Brasil 2014.

O cenário era bem diferente. O Flamengo lutava contra o rebaixamento no Brasileiro e começava a deixar as últimas posições sob orientação de Vanderlei Luxemburgo. A derrota por 3 a 0 no jogo de ida contra o Coxa, porém, foi como um balde de água fria. Se em 2019 e 2001, o Maracanã estava cheio contra Emelec e Vasco, em 2014 diante dos paranaenses foram pouco mais de 20 mil presentes.

Quem foi ao Maracanã apoiou o time o tempo inteiro, e Alecsandro, com dois gols de pênalti, e Eduardo da Silva garantiram o improvável 3 a 0 que levou a disputa para as penalidades. No início da série, o próprio Alecgol perdeu, mas Paulo Victor pegou duas cobranças e garantiu a histórica classificação.



Com exemplos recentes em diferentes épocas do clube, o Flamengo pode se apegar às suas raízes para se inspirar e tentar virar a decisão contra o Fluminense na decisão do Carioca.

594 visitas - Fonte: globoesporte


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