Na manhã desta segunda-feira (30), o Flamengo anunciou a demissão do técnico Tite. A queda acontece horas depois do treinador ser xingado e vaiado pela torcida rubro-negra, mesmo com a vitória por 1 a 0 sobre o Athletico-PR, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Segundo apurou a ESPN, porém, a decisão da diretoria não teve qualquer relação direta com as manifestações do último domingo (29).
De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, a decisão de demitir Tite começou a ser amadurecida ainda no Uruguai, na última quinta-feira (26), nas horas posteriores à eliminação para o Peñarol, nas quartas da CONMEBOL Libertadores. No último domingo, depois do jogo contra o Athletico-PR, a diretoria se reuniu e bateu o martelo. A percepção é de que já não havia mais clima e ambiente para a sequência de Tite desde a queda em Montevidéu.
A comunicação da saída do treinador foi feita na madrugada pelo vice-presidente de futebol do Fla, Marcos Braz, em contato com o procurador do técnico, Gilmar Veloz. Internamente, poucas pessoas sabiam da decisão de mandar o treinador embora. Entre membros da alta cúpula, houve grande cuidado para que nada vazasse até a manhã desta segunda-feira, quando a diretoria resolveu oficializar a partida do comandante através de comunicado nas redes sociais.
Segundo fontes, o entendimento da alta cúpula para optar por romper o vínculo foi de que o trabalho de Tite não renderia mais frutos. A conclusão foi atingida após análise do dia-a-dia, do vestiário e das pressões interna e externa. O contexto eleitoral do clube, obviamente, também entra no pacote para a demissão. Apoiadores do presidente Rodolfo Landim e de seu candidato a sucessor e atual vice geral, Rodrigo Dunshee de Abranches, pressionavam pela saída do técnico desde a eliminação na Libertadores.
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