Nesta terça-feira (1º), o novo técnico do Flamengo, Filipe Luís, concedeu sua primeira entrevista coletiva após assumir a vaga do demitido Tite no comando rubro-negro. Falando firme, o ex-lateral-esquerdo disse que quer "começar uma nova história" na Gávea, sem comparações com os trabalhos de nomes como Jorge Jesus e o do próprio Tite no clube. Sem muito tempo para treinar, Filipe afirmou que fará "ajustes" já para sua estreia, mas ressaltou que o time deixado pelo comandante anterior "não é um caos".
"Eu não quero me comparar com nenhum trabalho. O que foi feito ficou para trás. Quero começar uma nova história. Um novo Flamengo, com a minha cara", iniciou. "Pego um time que não é um caos, não tem jogadores descompromissados, que não quer correr. É um time com organização, Tite deixou muitas heranças boas no trabalho. E deixou com uma vitória. Pego um time que, com os ajustes que eu vou fazer, no meu modelo de jogo e forma de pensar o jogo, que é fazer o time competir, isso significa atacar bem e defender bem, à minha maneira", explicou.
"Não é melhorar o que o Tite fez. É fazer de forma diferente. São ajustes, que precisam de certo tempo, mas com trabalho e vídeo, já que não vamos ter tempo, vamos tentar corrigir", complementou. O ex-jogador afirmou que tentará montar uma equipe que "incomode" os rivais, apostando na ofensividade e na pressão na saída de bola.
"(Tenho) Dois treinos (até a estreia), pouco tempo, quem está nesse mundo sabe. Vou fazer alguns ajustes necessários nessa equipe. Pouco a pouco ir implementando meu modelo de jogo. Quero um time que pressione bastante, que seja incômodo para o adversário, saiba competir bem em todas as fases do jogo e que seja compacto", observou.
"Espero ver isso nesse jogo, mas jogamos contra um adversário que está em crescente, que vem para incomodar. Desde ontem de manhã estudando ao máximo o Corinthians para poder fazer um grande jogo e recuperar carinho da torcida", ressaltou.
Por fim, o novo comandante flamenguista comemorou o fato de fazer sua estreia já de cara em uma partida de grande pressão. "Acho o melhor jogo para poder estrear é um jogo importante. Jogo com pressão, peso, uma semifinal. Quando eu jogava, o mais difícil era motivar em um jogo sem muita transcendência, uma fase do campeonato em que o time não consegue se motivar tanto. Esse jogo não precisa motivar ninguém", argumentou.
"Agora, é recuperar a confiança, que os jogadores se sintam confortáveis com a bola, saber perfeitamente onde o companheiro está. Que a qualidade possa se juntar a aparecer cada vez mais nesse modelo de jogo", finalizou.
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