Adversários na noite desta quarta-feira, no primeiro duelo semifinal da Copa do Brasil, no Maracanã, Corinthians e Flamengo mantêm uma relação próxima em 2024, marcada por episódios de cordialidade, mas também de polêmicas e atritos. O ano começou com clima amigável entre os clubes. Logo no dia 2 de janeiro, o vice-presidente de futebol rubro-negro, Marcos Braz, foi à posse de Augusto Melo como presidente do Corinthians e estreitou laços com a diretoria alvinegra. Naquela época, os paulistas tinham interesse em Thiago Maia, Matheuzinho e Gabigol e tentavam chegar a um acordo com o Flamengo para contratá-los.
Destas negociações, a única a evoluir foi a de Matheuzinho, que representou o primeiro momento de conflito entre as partes. Após um acordo verbal para ser emprestado por um ano, o lateral-direito viajou a São Paulo e participou de treinos com o elenco alvinegro. Porém, o Corinthians não aceitou algumas das condições impostas pelo Flamengo para fechar a transferência, e o jogador teve de retornar ao Rio de Janeiro. Sem acerto para o empréstimo, o Corinthians acabou fechando a contratação em definitivo, ao custo de 4 milhões de euros (R$ 21,5 milhões na cotação da época).
Um dos responsáveis por aparar arestas na negociação de Matheuzinho foi Fabinho Soldado. Gerente de futebol do Flamengo até o começo do ano, o ex-jogador foi contratado pelo Corinthians em 24 de janeiro como diretor executivo. A saída do rubro-negro se deu pela porta da frente, com direito a agradecimento público de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo.
Os clubes chegaram a um acordo por um empréstimo por 200 mil euros (R$ 1,19 milhão na época), com a compra fixada em 800 mil euros (cerca de R$ 4,8 milhões na cotação atual). Porém, para utilizar o goleiro contra o Flamengo o Corinthians teve de pagar R$ 500 mil na partida do segundo turno do Brasileirão e terá de pagar novamente o mesmo valor por conta do duelo desta quarta.
Nos últimos tempos a relação entre Corinthians e Flamengo vem piorando consideravelmente. No mês passado, os cariocas alegaram atraso de pagamento na compra de Matheuzinho e acionaram as garantias bancárias que receberam da Brax , empresa parceira dos dois clubes na exploração de placas de publicidade no Maracanã e na Neo Química Arena.
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