Siga o UOL Esporte no O Flamengo passou por uma mudança de estilo. Saíram a calça e a camisa sociais de Tite. Entrou um jovem técnico com seu modelo casual preto, tênis e uma ideia que culminou com a vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, no jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil. A estreia de Filipe Luís é o início, muito promissor, de um novo jeito de praticar futebol no Flamengo. Um contraste com as atuações recentes com Tite. Foi emocionante para o agora técnico, que até ano passado estava ali no campo, como jogador. Uma ascensão meteórica que o emocionou ao chegar à área técnica para comandar o time profissional pela primeira vez. "Vi meus companheiros correndo por mim", disse ele. A abordagem é clara. De proximidade aos jogadores, por conhecê-los ao longo dos últimos anos e saber muito bem pelo que estão passando.
A semana fora caótica para ele. E ainda era quarta-feira à noite. Desde segunda-feira, quando foi anunciado, dormiu pouco e mal viu os filhos. Em um dos dias antes do jogo, esqueceu de almoçar. Tudo em nome da nova função de técnico, pela qual se apaixonou e para a qual tanto se preparou. Hora de colocar em prática. Filipe é um técnico ativo à beira do campo, mas não espalhafatoso. Dá instruções constantemente.
O gol foi um alívio. E logo de um lateral-esquerdo, com quem Filipe Luís dividiu a seleção brasileira. Na posição em que jogava, o agora técnico diz ter ótimos jogadores. Mas vê em Alex Sandro uma alternativa mais equilibrada. E ele não se esquece do concorrente: "Ayrton Lucas foi um cara que me botou no banco". Se não tivesse chutado ao gol, Alex Sandro já seria protagonista de um retrato que é uma premissa do estilo do professor Filipe Luís: Meu dever é fazer com que, quando meus laterais chegarem no fundo, tenham três jogadores na área. Isso contagiou o Flamengo nessa primeira experiência com ele.
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