"Ele precisa de minutos, de sequência, de um certo carinho, de um cuidado" . Essa é uma frase de uma longa declaração de Filipe Luís sobre a utilização de Gabigol como titular na partida contra o Corinthians. O novo técnico justificou como uma escolha técnica e é, neste cenário, que um dos maiores ídolos do clube ganha um ânimo em busca de uma redenção nesta reta final de contrato. Apenas 89 dias de um possível adeus, Gabigol foi o 19º jogador utilizado por Tite para titular na estreia de Filipe Luís. Esta foi apenas a quinta vez que o atacante iniciou uma partida nesta temporada e foi somente a segunda que dividiu o gramado com o que é considerado "força máxima" - a única vez havia sido contra o Sampaio Corrêa, em janeiro.
Mas, contra o Athletico, Tite levou a campo uma equipe alternativa com o camisa 99 de centroavante. A resposta com uma boa atuação dá ao atacante credencial para ter sequência e se estabelecer como o substituto de Pedro no time de Filipe Luís. A presença surpresa do atacante entre os titulares fez o Maracanã praticamente vibrar quando o nome foi anunciado no telão. O voto de confiança rendeu um quase golaço de letra e um gol anulado por um impedimento milimétrico. A falta de ritmo ainda é perceptível e se não só pela falta de minutagem durante a passagem de Tite, mas também pelas pequenas questões físicas que Gabigol passou durante este ano: duas lesões na coxa, 36 dias afastado por causa do caso do doping e três jogos sem ser relacionado pela negociação com o Palmeiras.
Mas, apesar disso, foi possível ver a melhor versão do atacante dos últimos meses. Gabigol voltou a ser perigoso - não como antes, é claro, mas mostrou que ainda conhece o caminho. Fez boas dobradinhas com Bruno Henrique relembrando os velhos tempos, encontrou espaço com melhores movimentações e fez até o que Filipe Luís considera a sua melhor característica: o clássico facão. - Gabriel é um jogador histórico, ídolo histórico. E eu mais do que ninguém sei o que ele pode dar para equipe, o que pode nos oferecer. Um jogador não melhora da noite para o dia. Ele precisa de minutos, de sequência, de um certo carinho, de um cuidado, mas não só o Gabriel. Podemos falar aqui de inúmeros jogadores que com um treinador podem ter mais ou menos minutos e isso é natural no futebol - completou Filipe Luís em coletiva: - Gabriel foi uma escolha minha, técnica, sei o que pode me oferecer.
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