Maurício Gomes de Mattos concorre à presidência do Flamengo (Foto: Marcio Dolzan/Lance!) Maurício Gomes de Mattos — ou MGM, como é bastante conhecido — considera que quem preside o Flamengo precisa ter uma presença institucional forte no futebol brasileiro. E tem muitos planos caso seja eleito no fim do ano. Um deles é unir os clubes do país em torno de mudanças no calendário. "O calendário do futebol brasileiro é contra os clubes. Nós temos que liderar nesse sentido", diz, nesta que é a terceira de uma série de entrevistas do Lance! com os candidatos à presidência do Flamengo. Nesta entrevista, MGM discorre sobre a estrutura do clube, o momento no futebol e seus planos para o próximo triênio. Ele critica a formação do elenco do Flamengo e promete acabar com a participação de "amadores" no dia a dia do futebol: — Eu não concordo com o modelo de contratação atual do Flamengo, que é ditado por um Conselhinho. Aliás, eu não sei nem quem é o pai desse Conselhinho. Eu não sei se é um candidato, ou se é o CEO do outro candidato. Eu sei que eu não sou. Eu não concordo. Eu acho que é amador... Acho não, eu tenho certeza que o modelo é amador —, avaliar Maurício Gomes de Mattos.
Veja no vídeo a entrevista completa: LANCE! - O senhor considera que o Flamengo precisa virar uma SAF? Maurício Gomes de Mattos - Negativo, não considero. O Flamengo não pode vender a sua alma. O Flamengo não está à venda. O Flamengo é da Nação. Existe uma preocupação em relação à construção do novo estádio, sobre um possível endividamento. Essa preocupação real? E como pretende tocar a construção do estádio? Nós estamos com um grupo de estudo que tem, dia a dia, acompanhado todos os passos dessa natureza. Não podemos endividar o Flamengo, afetar o potencial de crescimento do clube e do futebol. Temos um grupo nosso de trabalho que desenvolve dia a dia para exatamente nos dar preparo para que, no primeiro dia da gestão, já possamos tratar do assunto. As informações (que o clube passa) são precárias. Eu acabei de entrar pedindo mais informações ao Conselho Diretor, e não obtivemos resposta.
Considera que há risco de algum imbróglio jurídico em relação à área? Todas as hipóteses estão sendo estudadas. Todas as defesas que a gente vai precisar implementar, também. Se vier, nós vamos estar preparados para defender o Flamengo. Quais os planos do senhor caso eleito para esse novo estádio? E, acrescentando, como o Maracanã funcionaria para o Flamengo a partir da construção do novo estádio?
Não dá para sair de uma licitação que nós ganhamos do Maracanã e de um compromisso que nós temos, que é administrar o Maracanã por 20 anos. Isso não tem condição. Tem que ter engenharia para que tenhamos dois estádios funcionando e com capacidade de lucratividade. E é assim que nós vamos nos tratar. Mas, volto a dizer, a direção do Flamengo não abre informação absoluta para que a gente possa adiantar e estar com o projeto mais adiantado. Mas eu quero mais. Eu quero fazer também, na Gávea, um estádio para 4 ou 5 mil pessoas, para abraçar o futebol feminino e o futebol de base do Flamengo.
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