Ídolo do Flamengo, o treinador Filipe Luís é a personificação da contestação à máxima "a primeira impressão é a que fica". Depois de 15 anos na Europa, o cabeludo lateral-esquerdo fazia sua estreia em 4 de agosto de 2019, contra o Bahia, na Fonte Nova. O resultado foi indigesto: jogou mal, e o Rubro-Negro perdeu por 3 a 0. - Como jogador, eu estava com um receio porque vinha de lesão. Eu lembro que na Bahia eu ficava olhando para camiseta que era cinza com o escudo e para as placas do Campeonato Brasileiro e falava "caramba, são quase 17, 18 anos depois e eu estou voltando a jogar o Campeonato Brasileiro". - Eu estava jogando pensando nisso, mas estava pensando em jogar bem, de tentar fazer um jogo perfeito. Não foi aquelas coisas, mas como treinador é 100% diferente, completamente diferente, não tem nada a ver - recordou Filipe na primeira coletiva como treinador, na última quarta-feira.
Pois a lembrança ruim perdeu-se no meio de inúmeras glórias. Filipe tornou-se protagonista, conquistou duas Libertadores, dois Brasileiros, uma Copa do Brasil, duas Supercopas do Brasil, dois estaduais e uma Recopa Sul-Americana. O Bahia também deixou de ser pedra no sapato. Voltou a enfrentar o Tricolor Baiano cinco vezes e venceu todas: 3 a 1, 5 a 3, 4 a 3, 5 a 0 e 1 a 0.
Em seu segundo jogo como treinador, Filipe Luís pela primeira vez enfrentará um colega que o comandou. O adversário deste sábado é Rogério Ceni, que o dirigiu entre novembro de 2020 e julho de 2021. Também craque nos tempos de jogador, o ex-goleiro Rogério conquistou um Brasileiro, uma Supercopa do Brasil e um Carioca ao lado de Filipe Luís. Nos 45 jogos à frente do Flamengo, Ceni utilizou Filipe em 35, todos como titular. O ex-lateral foi substituído em apenas seis partidas. Foram 3.100 minutos de 3.150 possíveis - sem contar os acréscimos. Juntos, venceram 19 partidas, empataram sete e perderam nove.
Além de manter o Flamengo vivo na luta pelo título brasileiro, que está difícil no momento, Filipe Luís ao mesmo tem a missão de preservar escrita rubro-negra contra o Bahia. Após a derrota por 3 a 0 em 2019, a da estreia de Filipe, o clube reencontrou o Tricolor 10 vezes e venceu todas. Ceni é outro que encara tabu contra o Flamengo. Desde que iniciou a carreira como treinador, o ex-goleiro enfrentou o Rubro-Negro 14 vezes e nunca sequer tirou pontos do adversário. Além disso, as equipes que comandou jamais fizeram mais de um gol por jogo nos cariocas.
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