Na manhã desta terça-feira, 5, o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga manipulações de resultado. A situação em questão teria sido um cartão amarelo que o jogador recebeu em partida contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023. Ele já tinha sido investigado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que arquivou o caso. Na época, a defesa do jogador alegou que ele era inocente.
O atacante do Flamengo recebeu o primeiro cartão amarelo aos 48 minutos do segundo tempo. Em seguida, ele reclamou com o árbitro Rafael Klein, que deu um novo amarelo e logo expulsou o jogador. De acordo com a defesa de Bruno Henrique, a demora para receber o cartão - apenas no final da partida - é um indicativo de que ele não está ligado a nenhum esquema.
O vice-presidente de futebol do clube carioca, Marcos Braz, disse que o Flamengo sabia da denúncia ao STJD, mas não sabia da operação que ocorreu nesta terça. "O Flamengo, não nessa investigação, foi comunicado pela Fifa um tempo atrás que teria um atleta sendo investigado. Isso passou para o STJD. O Flamengo chamou ao atleta. Ele deu as explicações pertinentes. A gente enviou para o STJD. Acredito que o STJD deva ter investigado, analisado as respostas, os lances. Arquivou o processo. Também tivemos essa informação, e isso foi passado para a CBF", declarou Braz no desembarque da equipe em Minas Gerais para a partida contra o Cruzeiro.
O jogador está relacionado para a partida contra o Cruzeiro, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, que acontece na próxima quarta, 6, em Minas Gerais. O Flamengo afirmou em nota que acompanha o caso, e que vai dar suporte a Bruno Henrique e que o atacante vai seguir as atividades normais com o clube.
Entenda o caso: A denúncia sobre uma possível manipulação de resultados partiu das próprias casas de apostas que detectaram uma movimentação anormal nos aplicativos para que Bruno Henrique recebesse cartão amarelo no jogo contra o Santos. As notificações foram feitas à Associação Internacional de Integridade de Apostas (Ibia, na sigla em inglês). A partir disso, relatórios para auxiliar investigações foram produzidos. A CBF teve acesso a esses documentos e entrou em contato com a Polícia Federal, que fez uma busca e apreensão na casa de Bruno Henrique na manhã desta terça-feira. O jogador foi acordado pela polícia e teve o celular levado. De acordo com a PF, as apostas partiram, majoritariamente, de familiares do jogador, o que aumentou as suspeitas sobre o caso. A operação Spot-fixing cumpriu mandato de busca e apreensão no Ninho do Urubu, CT do Flamengo, e nas residências de Bruno Henrique, no Rio, e de familiares em Belo Horizonte, Vespiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). Até o momento, não há nenhum mandado de prisão.
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