Foto: Flamengo
“Não é mole não, o basquete é o orgulho da Nação”. Após uma vitória no NBB, é normal ouvir este grito vindo da arquibancada pela torcida do Flamengo. Um canto que reconhece o sucesso do time nas quadras, mas também pode ser interpretado como uma leve alfinetada no futebol rubro-negro, principal fonte de investimento do clube.
Na quinta-feira passada, depois de empatar o jogo contra o Minas nos últimos segundos pelas quartas de final, o Flamengo buscou a vitória na prorrogação e comemorou com a torcida a nona classificação às semifinais em dez edições do NBB.
Mesmo com nomes de impacto, o time de futebol está em baixa, não consegue grandes resultados e vive uma falta de sintonia com a torcida, como aponta Júnior. Ídolo do clube e jogador de futebol a vestir mais vezes a camisa do Flamengo (876).
— Eu vejo que tem empenho, mas falta um algo a mais, um elo a essa corrente. Existe uma regra dentro do Flamengo: você pode até perder, mas tem que deixar a última gota de suor ali dentro. Se vier o resultado ruim, tem que ser vendido caro. E a cobrança que o time está sofrendo é essa, a torcida sente que falta esta atitude — analisa Júnior, que atualmente é comentarista na “Rede Globo”.
Um dos ídolos do time de basquete e tido pela torcida como um exemplo de raça, Olivinha acredita que é importante levar um pouco do espírito dos torcedores para dentro de quadra.
— Tento levar toda a minha energia para os jogos e colocar meus companheiros na mesma sintonia. Com isso, a torcida vem junto — destacou o pivô, que credencia parte do sucesso a união do elenco: —Temos muitas lideranças. Varejão, JP... Eu também tenho uma parte, mas a principal é o Marcelinho, o nosso capitão. Temos uma base que já conquistou praticamente tudo e procuramos passar um pouco da nossa experiência de jogar e conquistar títulos pelo Flamengo aos jogadores novos que chegam. Isso vem dando certo, nos últimos anos.
Sucesso passa pela chegada de José Neto
O sucesso do Flamengo nos últimos anos tem ligação com a chegada do treinador José Neto. Desde 2012 na Gávea, ele soma quatro títulos do NBB, uma Liga das Américas e o Mundial, em 2014, vencendo o Maccabi Tel Aviv, de Israel, campeão da Liga Europa naquela temporada.
Com toda experiência, Neto crê que o sucesso vem de todo grupo do basquete.
— É um privilégio trabalhar com pessoas, atletas e comissão técnica, que são experientes e têm espírito vencedor. Em momentos de dificuldade, o foco fica muito mais na solução do que no problema. É muito bonito falar isso, mas quando vemos acontecendo na prática, como foi na quinta-feira, é o que dá confiança pra seguir em frente e atingir nossos objetivos — analisou Neto, apontando outros fatores para o sucesso rubro-negro:
— A liderança do grupo sempre foi e sempre será do Marcelinho, dentro e fora de quadra. Outros jogadores somam muito com energia e determinação. Ainda temos o apoio da nossa torcida que sempre nos deu uma força extra. São muitos os motivos que nos permitem sempre acreditar na vitória.
e o que tem prós torcedores do Flamengo se orgulhar o basquete e os moleques do futebol juniores