Barbieri com a comissão técnica renovada Foto: Divulgação
A última vez que o Flamengo venceu dois jogos de primeira fase de Libertadores como visitante foi em 2007, quando passou invicto, batendo Paraná e Unión Maracaibo, e caiu nas oitavas de final. A façanha será repetida em caso de vitória hoje, às 21h45, sobre o Santa Fé, na altitude de Bogotá. O time comandado por Maurício Barbieri está invicto na competição, mas tropeçou em casa com dois empates e precisa recuperar os pontos fora para ter tranquilidade na classificação no Grupo D. Por outro lado, um novo deslize o fará ser ultrapassado pelo clube colombiano e aumentar o risco de perder o segundo lugar para o River Plate, que enfrenta o Emelec amanhã. O cenário é de incertezas, com uma linha tênue entre a paz e a turbulência, como tem sido toda a temporada.
Ao menos uma das dúvidas parecer ter chegado ao fim. Depois de alguns dias de tratamento intensivo, o meia Diego, poupado diante do América-MG por conta de um incômodo muscular, treinou pelo segundo dia seguido na Colômbia e sua escalação é dada como certa. A permanência de Barbieri no comando da equipe, por outro lado, é uma resposta que ninguém tem por mais tempo do que o jogo seguinte. Embora dedicado e estudioso, o interino de 37 anos é visto também com pouca bagagem para momentos de pressão no clube, como o atual. Apesar disso, há todo o respaldo da cúpula do futebol e do elenco pela qualidade dos treinamentos e conceitos apresentados.
Em três jogos sem perder, dois pelo Brasileiro e a partida de ida com o Santa Fé, Barbieri conseguiu dar continuidade ao estilo de jogo ofensivo apresentado pelos antecessores, com melhor ajuste dos meias em campo. O interino sinalizou algumas vezes que Diego vinha sendo sobrecarregado na parte tática, e pode manter o esquema 4141 com dois volantes. Caso escolha Arão, ganha os avanços ao ataque. Se optar por Jonas, libera ainda mais Diego, e deixa para Cuéllar a transição desde a defesa. Em qualquer das escolhas, Everton Ribeiro seria preterido. Marlos e Geuvânio têm recebido cada vez mais oportunidades na posição.
Ontem, o elenco fez um treino fechado em Bogotá e Barbieri não deu pistas da escalação. Mas o volante Cuéllar deixou claro que a postura será similar a do jogo com o Emelec, no Equador.
— A gente tem que procurar o resultado para ficar mais próximo da classificação. Obviamente, temos que tomar um pouco de cuidado com a altitude e não sair como loucos —, afirmou o volante, confirmado na equipe titular.
O Flamengo tem cinco pontos e lidera o grupo, seguido pelo River Plate, com a mesma pontuação. O Santa Fé tem três pontos. Com um ponto, o Emelec é o lanterna e única equipe que o rubro-negro venceu. Na sequência, é o adversário no Maracanã, dia 16 de maio. Na última rodada, o Flamengo pega o River Plate na Argentina. As duas últimas partidas podem ser relativamente tranquilas, dependendo do resultado de hoje. O empate não é um placar ruim, porque deixaria o grupo embolado, mas o Flamengo ainda com pressão por duas vitórias. Um desafio para o interino Maurício Barbieri, que tem como prova de fogo a classificação em um ano turbulento. É guerra e paz.
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