Foto: André Durão
Exigente por natureza, o torcedor do Flamengo que olha um dos elencos mais caros do Brasil, com resultados positivos atrás de resultados positivos nas finanças, tem paciência curta até para empate contra o forte River Plate na Argentina. Mas é esse time, de amadurecimento crescente, debaixo de cobranças e, às vezes, desconfiança, que faz boa campanha no Brasileiro de 2018 e retoma a liderança com a vitória por 2 a 0 sobre o Bahia, no Maracanã.
Na temporada, são apenas quatro derrotas – só o Sport (PE) perdeu tão pouco. Em 20 das 31 partidas do ano o time saiu de campo sem ser vazado. E em apenas sete oportunidades saiu de campo sem marcar gols, aponta o levantamento do site Futdados.com. O que isso significa?
Bom, para começo de conversa, trata-se de um time regular. Pode não ser intenso – como foi o primeiro tempo, em contraste com a segunda etapa que passou impressão de estar com o “pé no freio” – e nem brilhante - quem é no futebol atual? -, mas tem sido eficiente.
Curiosamente, o sistema de jogo, desenhado lá atrás pelo ex-treinador Paulo César Carpegiani, foi adaptado por Mauricio Barbieri e depende de um jogador que era tão contestado até pouco tempo. Renê fez outra ótima partida contra o Bahia.
A capacidade de cobertura em lances que os meias não alcançam os adversários, o tempo de bola para cortar passes e lançamentos e a leitura de jogo para deixar a lateral - ora fechando espaços pelo meio de campo, ora infiltrando na diagonal para procurar o passe – encaixam o time de Barbieri.
Para a equipe funcionar, Barbieri exige marcação forte no meio de campo. Vinicius Junior, de 17 anos, e Lucas Paquetá, 21, correm uma barbaridade - de acordo com números do site “WhoScored”, Vinicius combateu oito vezes no meio de campo, Paquetá, seis. A intensidade de início de partidas do Flamengo se deve muito a eles. Contagiam jogadores mais cadenciados, como Diego e Éverton Ribeiro.
O camisa 10, por sinal, fez grande jogo. Saiu um pouco de suas características e deu mais velocidade nas articulações da jogada. Ribeiro, mais solto, flutuando mais, contribui para abrir espaços e girar a bola contra defesas fechadas.
Se contra o River Plate e o Atlético-MG a bola passou longe dos pés do Flamengo, com saldo de um empate e uma vitória, contra o Bahia o Rubro-Negro chegou a ter a bola 80% do minutos do primeiro tempo. A volta para recuperar a bola está mais coordenada – com efetiva participação de todo o time.
Dourado fora de sintonia
Barbieri ainda dá tímidos sinais de mudanças quando substitui Henrique Dourado. Um time que voltou a jogar com toques ligeiros e lances rápidos têm prescindido da procura pela “referência”, do “camisa 9”. Contra o Bahia, Jean Lucas entrou. Em 10 minutos em campo tocou 10 vezes na bola – duas a menos que Dourado, que ficou em campo por 80 minutos.
O treinador do Flamengo sabe que vai precisar de Dourado em jogos com outras características. Jogador de área, ele não cabeceou uma vez contra o Bahia - mas se esforçou para finalizar na bola que Paquetá quase marcou em cobrança de escanteio. Barbieri tem poucas opções para mexer na posição. Lincoln, mais leve e com bom entrosamento com Vinicius, ainda aguarda sua vez na fila. Talvez o próximo passo de Barbieri seja ser mais incisivo na busca por alternativas.
Os q n são craques tem q no mínimo jogar c raça e vontade. Os q são craques esperamos q desequilibrem a partida...
Renê n se acha o craque essa é a diferença, dá sangue sempre correndo e marcando, tentando sempre... Faz o feijão c arroz e qndo erra tenta consertar. Isso é o q esperamos dos q n são craques...
Renê ta dando orgulho, mostrando que merece continuar no time titular.