Foto: Staff Images/Flamengo
Na manhã desta quinta-feira (28), representantes de Flamengo, Botafogo, Vasco e Fluminense, além do Secretário de Esportes do Rio de Janeiro, estiveram no Salão Nobre da Gávea e falaram sobre os impactos da MP841, que prevê corte de R$ 514 milhões aplicados atualmente no esporte. Diversos atletas, técnicos, gerentes e pessoas que fazem o esporte olímpico rubro-negro e carioca diariamente estavam presentes na coletiva de imprensa em apoio à luta contra a medida provisória.
Na mesa, estavam presentes Alexandre Póvoa, VP de Esportes Olímpicos do Flamengo, Gláucio Cruz, Diretor Geral de Esportes do Botafogo, Márcio Trindade, VP da pasta do Fluminense, Jorge Veríssimo, VP de Quadra e Salão, e José Ricardo Brito, Secretário de Esportes do Rio de Janeiro.
Leia a nota de repúdio conjunta contra a MP841:
NOTA DE REPÚDIO CONJUNTA – CBC / CLUBES FORMADORES
Como vem sendo noticiado amplamente pela imprensa, o esporte nacional vive um clima de luto após a edição da Medida Provisória 841. Em resumo, todo o trabalho realizado ao longo dos anos pelo Comitê Brasileiro de Clubes – CBC foi bruscamente interrompido. Debates entre a entidade e nós, os clubes formadores, pautaram o formato da Política Nacional de Formação de Atletas Olímpicos e Paralímpicos no país da qual já estávamos colhendo frutos. Tudo isso fica ameaçado e, o mais grave: a preparação para Tóquio 2020 vai para a UTI.
Prova do grave estado em que colocaram o nosso esporte de base é o cancelamento de 204 competições dos Campeonatos Brasileiros Interclubes que vinham sendo promovidos com sucesso pelo CBC em conjunto com Confederações de diversas modalidades em todo o país e que só no final de 2017 e início de 2018 beneficiaram 9.400 atletas em 59 Competições realizadas.?
Sem a MP 841/2018, havia a previsão de apoio a realização de 263 Campeonatos Brasileiros até 2020, atingindo em torno de 90 mil beneficiados, potencializados quando se considera que em sua grande maioria os Campeonatos são desdobrados (como por exemplo, em provas e/ou categorias de cada esporte disputado).
A partir de agora, mantida a MP e sem o apoio do CBC, 204 campeonatos serão cancelados, inviabilizando a política de formação de atletas no Brasil. Fora as participações em competições internacionais representando o país que também serão canceladas. Milhares de atletas serão dispensados e haverá o encerramento de atividades esportivas em diversos clubes.
Mas as sequelas são ainda maiores! Equipes técnicas e multidisciplinares contratadas pelos clubes formadores a partir do apoio dos recursos financeiros - que até então o CBC contava?e era a garantia para o pagamento do salário de inúmeros profissionais do segmento esportivo - poderão ficar sem emprego. São centenas de técnicos, auxiliares, preparadores físicos e fisioterapeutas, um verdadeiro efeito dominó em toda a cadeia produtiva do Esporte.
Por meio desta nota, repudiamos o que está sendo feito com a formação de atletas no Brasil por meio da MP 841. Os clubes foram responsáveis por mais de 80% dos atletas participantes nas duas últimas Olimpíadas. Não há formação de atletas sem os clubes no Brasil!
#LutoPeloEsporte #ContraMP841
“O esporte olímpico é a essência do esporte. Poderíamos estar em qualquer clube, mas o importante é ver atletas e dirigentes de todos os clubes presentes contra essa medida que acaba com o esporte olímpico nacional. Estamos falando de muitos atletas, 3.500 alunos de escolinhas que sonham todos os dias em serem atletas do Flamengo ou de outros lugares. Se multiplicar isso pelos quatro grandes clubes, você vai entender melhor como essa medida afeta e muito milhares de pessoas. Não importa a camisa, o que é importante é que todos os times estão unidos para mostrar o papel social enorme que prestam para o Rio de Janeiro. Tirar esse dinheiro do esporte vai acabar com os olímpicos em um país que desvaloriza tanto essas modalidades. Assim como todos os atletas que lutam todos os dias em casa dojô, ginásio, campo, vamos lutar até o fim para derrubar essa MP”, disse Alexandre Póvoa, abrindo a coletiva.
Em seguida, o Secretário de Esportes do Rio, José Ricardo Brito, também discursou contra o projeto. “Não é tirando dinheiro do esporte que vamos melhorar a segurança pública. Isso só criará outro problema. Temos projetos sociais em comunidades que concorrem diretamente contra o tráfico. Muitas crianças precisam do esporte para de manterem longe dessa realidade, disse.
Em um dia histórico, dirigentes do Vasco da Gama, Botafogo e Fluminense também estiveram sentados lado a lado na luta para derrubar a medida, que afetará todos os formadores de atletas e aqueles que batalham por um futuro melhor para as modalidades olímpicas. “O esporte está estritamente ligado à educação. Com ele, podemos tirar as crianças da mão dos traficantes e torná-los cidadãos melhores. O governo federal não pode cortar essa verba sem entender que isso refletirá no futuro desses jovens”, comentou Jorge Veríssimo, do Vasco.
Foto: Staff Images/Flamengo
Como apagar um comentário! alguém sabe dizer! saudações rubro negro.segue lider
Eles estão faltando que o país estão em crise.se crises chegou nós esporte, isso se deve a robareilha que esses caras que se passa como políticos toparem os dinheiros públicos, se eles parecerouba Bra