Foto: Divulgação/Site Oficial
Os sorrisos na frente de jornalistas ainda são tímidos. E as entrevistas, de poucas palavras. Matheus Thuler nasceu dia 10 de março de 1999 - mal viu o último mundial da seleção brasileira. Na disputa por uma vaga com Réver e Juan - mais de uma década mais velhos que ele -, ele é o caçula do líder do Brasileiro, desde a saída de Vinicius Junior. Com 19 anos, o jogador, nascido no Rio de Janeiro e que começou no futsal do clube Light, no Grajaú, onde seu pai trabalhava, ganhou espaço no Flamengo muito também pela seriedade do dia a dia no Ninho do Urubu.
Ao lado de Léo Duarte, Thuler segurou a onda no momento das lesões simultâneas de Juan, Réver e Rhodolfo. Não à toa o jogador está em vias de receber aumento, num aditivo ao contrato assinado em março deste ano, logo depois de conquistar o título da Copinha. O atual vínculo vai até 2022.
A dupla prata da casa formou a defesa por 288 minutos - partidas inteiras contra o Atlético-MG, Paraná e Palmeiras e por 18 minutos diante do Fluminense -, com apenas um gol sofrido. O entrosamento vem dos treinos como reservas e da amizade fora de campo.
- Eu acho que tenho muita vontade, sou um jogador forte. O Léo é mais técnico, mas não acho nem que temos que nos completar, por que um zagueiro jogando do lado do outro tem que se completar sempre, independentemente de quem for - opina Thuler.
Dispensado no Flu
A história de Thuler - que entrou na faculdade de Administração, mas quer trocar o curso para Educação Física - tem uma curiosidade. Quando era menino, na transição do futsal do Flamengo para o campo - depois de jogar no Fluminense e ser dispensado (ficou cerca de dois anos nas Laranjeiras) - colocou num papel a posição em que queria atuar. Mas de nada adiantou.
- Tinha que escrever num papelzinho a posição. Coloquei volante. Não queria jogar muito atrás não. Queria pelo menos ficar um pouco mais para o meio de campo (risos). Mas eu já era alto e desde o primeiro treino me colocaram de zagueiro - contou Thuler.
Como todo garoto das últimas gerações formadas num futebol cada dia mais globalizado, o sonho de Thuler, depois de fazer carreira e conquistar títulos no Flamengo, é jogar no futebol europeu. Em tempos de Copa, porém, acrescenta uma mirada bem alta para seu futuro.
- Consegui realizar um sonho, que era jogar pelo Flamengo. Quero fazer história, mas, como todo jogador, quero jogar na Europa e tenho muita vontade de disputar uma Copa do Mundo pela seleção brasileira - disse o zagueiro, que é fã de Juan, mas também gostava muito de ver Fabio Luciano com a camisa do Flamengo.
Nas listas da seleção sub-20
Thuler está no caminho. Foi cortado pela segunda vez em convocações recentes do Brasil sub-20. Em duas delas, a pedido do Flamengo. Recebeu a compreensão do técnico da seleção sub-20 Carlos Amadeu, que o projeta no sul-americano da categoria em 2019.
O gol contra o Palmeiras, o primeiro como profissional, ficou na sua memória. Ele trocou de camisa com um jogador do Palmeiras e suou para recuperar. Fazer gols é uma experiência única para o jogador, que tem no espanhol Sergio Ramos uma referência.
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