A derrota do Flamengo para o modesto Central Córdoba, por 2 a 1, em pleno Maracanã, na noite da última quarta-feira (9), pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores , gerou forte repercussão entre torcedores e jornalistas.

O técnico Filipe Luís , que ainda não havia perdido desde que assumiu o comando da equipe, virou alvo de críticas por poupar jogadores considerados titulares em jogo importante pela competição sul-americana.

Entre os principais críticos, o jornalista Renato Maurício Prado , colunista do portal UOL , foi contundente em sua análise. Para ele, a decisão de Filipe Luís de começar a partida com nomes como Wesley, Erick Pulgar e Gerson no banco de reservas foi “inaceitável”.

Prado ainda estendeu sua crítica à diretoria rubro-negra, especialmente ao presidente Luiz Eduardo Baptista , o Bap, responsável por afirmar que a prioridade do clube na temporada 2025 é o Campeonato Brasileiro. “E qual o motivo disso? A demagógica e estúpida decisão do presidente Bap, reverberada por José Boto e pelo próprio Filipe Luís , de que nesta temporada a prioridade é o Brasileirão”, disparou.

A partida evidenciou a fragilidade da decisão. O Flamengo começou melhor, criando boas chances com Juninho nos minutos iniciais, mas acabou punido pela falta de eficácia. Heredia abriu o placar de pênalti, aos 24 minutos, após toque de mão de Léo Pereira. Ainda no primeiro tempo, Florentín ampliou de cabeça aos 43’. As vaias da torcida no intervalo foram inevitáveis.

Na etapa final, com as entradas de Wesley, Pulgar e Gerson , o time melhorou. De La Cruz descontou de falta aos 15’, mas a equipe, apesar de pressionar, seguiu pouco criativa. Pedro, que voltou de lesão, teve participação discreta. Bruno Henrique ainda acertou a trave nos acréscimos, mas o empate não veio.

Com o resultado, o Flamengo se complica no Grupo C da Libertadores e aumenta a pressão sobre Filipe Luís e a direção do clube. A estratégia de priorizar o Brasileirão, até então vista como ousada, agora começa a ser considerada um erro grave — especialmente quando o preço é uma derrota em casa na principal competição continental.